Contrário ao STF

Pesquisa aponta que 83% da população é contra flexibilização do porte de drogas

A pesquisa realizada pela MDA questionou a opinião pública sobre a descriminalização do porte de drogas

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Os dados são de um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil).

O relatório feito pelo Instituto de Pesquisa MDA, contratado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), aponta que 83% da população se declara contrária a flexibilização do porte de drogas. A pesquisa indica que 83% considera que o porte não deveria ser liberado independente da quantidade e 15% pensa o oposto, de que deveria ser liberado o porte de pequenas quantidades. 

O levantamento questionou os entrevistados se estavam acompanhando as discussões no STF que trata da descriminalização do porte de drogas para pequenas quantidades. O índice do s que declararam que estão acompanhando somou 44%;  53% disseram não estar acompanhando e 3% não souberam responder.

Atualmente, o julgamento está suspenso após pedido de vista do ministro André Mendonça, do STF. O placar até agora para definir que porte de drogas não seja crime está de 5 a 1, e se é possível diferenciar o usuário do traficante com base na quantidade de drogas encontrada, está de 6 a 0. Mendonça tem o prazo de 90 dias para devolver o tema à pauta a contar do dia em que pediu vistas.

Já para o uso medicinal, a opinião pública se mostrou mais aberta, 66% consideram que o uso medicinal de drogas deveria ser liberado, 31% consideram que não deveria ser liberado e 3% não souberam responder. 

A descriminalização de qualquer tipo de porte só valerá após o julgamento no Supremo terminar.

A MDA questionou os entrevistados se essa decisão deveria ser determinada pelo STF ou pelo Congresso Nacional, composta por deputados e senadores.  Votaram pelo Supremo Tribunal Federal, 32% e 45% votaram que cabe ao Congresso Nacional decidir. 

A MDA fez cerca de 2.002 entrevistas presenciais no período de 27 de setembro a 1º de outubro, com um nível de confiança de 95%.  A pesquisa analisou as variáveis de gênero, idade, renda familiar e nível de instrução. 

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