Ministro de Minas e Energia quer discutir retomada do horário de verão
O ministro Alexandre Silveira, defendeu o debate sobre a volta do horário de verão e afirmou que a alteração da hora traz “impulsos econômicos”
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o debate sobre a volta do horário de verão e afirmou que a alteração da hora traz “impulsos econômicos”. Segundo Silveira, o debate precisa estar “desatrelado da questão exclusivamente energética”.
Silveira afirma que devemos ver o horário de verão de forma mais holística, e destacou durante uma entrevista à Globonews que : “há um impulso econômico em alguns setores. Então, eu tenho defendido junto ao MDIC, à Economia, que a gente possa olhar o horário de verão de uma forma mais holística, mais ampla. É importante para o Brasil, mesmo que nós tenhamos um momento de segurança energética como hoje, quando ela impacta positivamente a economia”.
O ministro ainda comentou que tem conversado com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) sobre o assunto. A associação entrou em contato com o presidente Lula, em setembro, pedindo a retomada do horário de verão com base em um estudo indicando que o impacto no faturamento no setor de bares e restaurantes poderia ter o aumento de 10% a 15%.
Será a volta?
O horário de verão foi instituído na vida dos brasileiros ainda no governo de Getúlio Vargas, por volta de 1931 e 1932. A primeira versão durou cerca de seis meses, de outubro a março. No verão seguinte, a medida foi novamente adotada, mas, depois, começou a ser em períodos não consecutivos. Primeiro, entre 1949 e 1953, depois, de 1963 a 1968, voltando em 1985 até agora.O período de vigência do horário de verão é variável, mas, em média, dura 120 dias. Em 2008, o horário de verão passou a ter caráter permanente.
Somente em 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que veio o fim de uma era . Por meio de um decreto presidencial houve o fim do horário de verão, segundo o então presidente, a medida seguia estudos que analisaram a economia de energia no período e como o relógio biológico da população é afetado. Na época, Bolsonaro explicou que “As conclusões foram coincidentes: questão de economia, o horário de pico era mais pra 15h, então não tinha mais a razão de ser da permanência do horário, não economizam mais energia; e na área de saúde, mesmo sendo uma hora apenas, mexia com o relógio biológico das pessoas”.
Já o presidente Lula, após ganhar as eleições de 2022 abriu uma enquete nas redes sociais questionando os seguidores se eles são favoráveis ou não ao retorno da medida. Com mais de 2 milhões de votos, o “sim” ganhou com 66,2%. Só que até setembro, o governo não considerava a retomada do horário de verão.
O ministro de Minas e Energia declarou em setembro que “O horário de verão só acontecerá, é evidente, se tiver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinais nenhum nesse sentido”.