Helicópteros e 300 policiais estão na caçada a 2 fugitivos

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, os dois presos utilizaram ferramentas encontradas dentro do presídio para escapar

Uma equipe de 100 agentes da Polícia Federal (PF), 100 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 100 agentes das forças policiais locais atuam desde de quarta-feira (14) na busca por 2 fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. 

Também estão sendo utilizados na operação 3 helicópteros, da PF, da PRF e outro do governo do Rio Grande do Norte, além de drones para auxiliar na busca pelos fugitivos. 

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, as autoridades falam que os fugitivos estão em um perímetro de 15 quilômetros de distância do presídio, onde fica uma zona rural. 

“Não identificamos nenhum veículo que os tenha buscado quando transpuseram a grade do presídio. Também não temos notícia de furto ou roubo de veículo na região. Portanto, imaginamos que esses fugitivos devem estar naquela região”, disse Lewandowski.

Além disso, uma casa rural foi invadida nas proximidades, onde houve furto de roupas e de comida. “Certamente, isso pode estar relacionado a esses dois fugitivos que estão tentando sobreviver nesta área”.

Na quinta-feira (15), o ministro determinou o afastamento imediato da atual direção da Penitenciária Federal em Mossoró e nomeou o ex-diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) Carlos Luis Vieira Pires como interventor da unidade prisional. 

Foram acionadas a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), entidade que congrega as policiais federais e estaduais que combatem o crime organizado.

Os dois fugitivos foram incluídos no Sistema de Difusão Vermelha da Interpol e no sistema de proteção de fronteiras, visto que a risco dos presos tentaram fugir do país. 

Para apurar as causas da fuga estão sendo feitos 2 tipos de investigação: uma de caráter administrativo, para apurar responsabilidades disciplinares e um inquérito policial que foi aberto no âmbito na Polícia Federal, para apurar eventual responsabilidade de natureza criminal e a participação de pessoas que possam ter facilitado a fuga dos dois detentos.

Segundo o ministro, os dois presos utilizaram ferramentas encontradas dentro do presídio para escapar. A unidade estava passando por uma reforma interna e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos.

“Eles usaram um alicate que certamente estava jogado no canteiro de obras, quando deveria estar trancado, como ocorre em outras reformas de presídios”, explicou.