Tretas e decisões

Em meio a discussão, Bivar é afastado do União Brasil

O texto foi aprovado por 11 votos dos 17 integrantes da Comissão Executiva Nacional Instituidora

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Deputado Luciano Bivar, ex-presidente do União Brasil - Foto: Diário do Poder.

O partido União Brasil, votou nesta quarta-feira (20), pela destituição cautelar de Luciano Bivar da presidência e filiação do partido. Segundo a relatora e senadora Professora Dorinha (União-TO), a decisão pelo afastamento do agora ex-presidente, “foi em respeito ao estatuto do partido, pois estava causando muito prejuízo neste momento”. 

O texto foi aprovado por 11 votos dos 17 integrantes da Comissão Executiva Nacional Instituidora. Houve 5 votos contrários e uma abstenção, voto do próprio Bivar. 

A votação iniciou em meio de discussões por parte do Bivar ao acusar os demais integrantes de serem “seus inimigos”, ao ponto que o secretário-geral da sigla, ACM Neto, teve que cortar o microfone de Bivar. 

“Teve discussão porque ele (Luciano Bivar) queria presidir a votação e não cabia, visto que ele era o referente. E queria impor que todos os presentes eram inimigos e eu pedi para cortar seu microfone quando Bivar tentou viabilizar a reunião”, declarou ACM Neto à imprensa. 

ACM ainda ressaltou que o Bivar participou de toda a reunião e ao abster seu voto, continuou votando. Ainda disse que o voto da relatora “está valendo por todo o partido”. 

Bivar está sendo acusado de praticar violência política contra mulher, inclusive contra a filha de 12 anos, do atual presidente Antônio Ruedas, além de validar cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido, mesmo após parecer do Ministério Público Eleitoral em processo judicial que tramita no Tribunal Superior Eleitoral contrário à desfiliação.

Com a decisão, o vice-presidente Antônio de Rueda assume interinamente a presidência do partido. Rueda foi eleito no dia 29 de fevereiro o novo presidente do União Brasil para um mandato que começa no dia 1º de junho. Agora, a Executiva Nacional submeterá o caso ao Conselho de Ética do partido para apresentar uma decisão definitiva, de mérito, em até dois meses. Luciano Bivar terá novo prazo de cinco dias para apresentar o contraditório.

Bivar estará respondendo por indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas de Rueda e da tesoureira do partido, Maria Emilia Rueda, violência política contra mulher, validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido e mesmo após parecer do Ministério Público Eleitoral em processo judicial que tramita no Tribunal Superior Eleitoral contrário à desfiliação. 

 

“Virar a página” 

Ao ser questionado quais os próximos planos do partido, principalmente enfoque nas eleições municipais de 2024, ACM Neto disse que a sigla quer “virar a página” e manter uma “agenda positiva com a sociedade”. 

E ainda ressaltou que a “prioridade do partido é lançar o maior número de candidatos próprios” nas eleições municipais deste ano, e contam com a liderança de Antônio Rueda na corrida eleitoral. 

 

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