Futebol

CPI ouve ex-árbitro suspeito de interferir em resultados

Há suspeitas de que o ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha tenha cobrado propina  após interferência no resultado de um jogo do campeonato carioca

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga manipulação de resultados do futebol e fraudes de apostas esportivas terá sessão secreta para ouvir o ex-árbitro de futebol Glauber do Amaral Cunha. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado).

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga manipulação de resultados do futebol e fraudes de apostas esportivas terá nesta segunda-feira (13) uma sessão secreta para ouvir o ex-árbitro de futebol Glauber do Amaral Cunha. 

Há suspeitas de que o ex-árbitro tenha cobrado propina  após interferência no resultado de um jogo do campeonato carioca. As suspeitas ganharam força com o depoimento (também em sessão secreta) do dono do Botafogo , o empresário John Textor, em abril. 

“A convocação de uma sessão secreta se faz necessária para proporcionar um ambiente no qual o depoente se sinta confortável para compartilhar detalhes cruciais sem receio de represálias ou comprometimento de sua segurança pessoal ou profissional. A confidencialidade é fundamental para garantir a cooperação total do depoente e para preservar a integridade do processo de investigação”, justificou o senador Carlos Portinho (PL-RJ), autor do requerimento em que é pedida a reunião secreta para ouvir o ex-árbitro.

Provas de manipulação 

Em depoimento, Textor reiterou aos parlamentares que tem provas sobre a manipulação de partidas do Campeonato Brasileiro de futebol de 2022 e 2023. As denúncias constam, segundo ele, em análises de jogos da Good Gamel, empresa francesa que avalia arbitragem com ajuda de inteligência artificial. 

Durante a sessão secreta, o dono do Botafogo teria apresentado nomes de possíveis envolvidos, entre jogadores, árbitros e dirigentes.  “Não venho com evidências de pagamentos em dinheiro. A nossa evidência diz como os jogos são manipulados e não o porquê, a motivação”, afirmou Textor sobre o tipo de denúncia.

“Não venho aqui para ganhar um troféu ou ser congratulado. O que nós descobrimos não é nada diferente do restante do mundo, Bélgica, França, toda a Europa. A manipulação de resultados (no esporte) é uma realidade, e devemos deixar nossa paixão de lado e o que ocorreu no ano passado pode ter ocorrido outras vezes”, acrescentou.

E também falou sobre a existência de um áudio que comprometeria um arbítrio. O dono do Botafogo já havia declarado que clubes como São Paulo e Palmeiras teriam sido beneficiados, mas reforçou que não fazia acusação aos times nem aos seus seguidores.

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