‘Bolsonaro tirou a direita do armário’, diz Mourão
Segundo o senador Hamilton Mourão (Rep-RS) a direita está além do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que nos livros de história ele estará como totem da direita
O ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Rep- RS) disse para o Podcast do Diário do Poder desta segunda-feira (26), que vê o ex-presidente Jair Bolsonaro como um “totem da direita”.
Segundo o senador, a sede da direita não é mais apenas pelo Bolsonaro mas que o ex-presidente fez uma mudança na ideologia no Brasil. “É aquele ponto de reorganização, mas ele vai ser reconhecido na história do Brasil futuramente como uma pessoa que tirou a direita do armário”.
Mourão diz que antes do Bolsonaro, “ninguém se dizia de direita nesse país”, e que pela sua percepção a “política era torta” por causa da extrema hegemonia de ideologia no Brasil, quando todos diziam que “eram de um lado só”. O senador disse que Bolsonaro “deu voz e voto para essas pessoas”, mas que atualmente a direita se tornou “muito maior que ele (Jair Bolsonaro)”.
E acredita que daqui a 50 anos, o ex-presidente Bolsonaro estará nos livros de história quando os cidadãos estudarem a história do país.
Manifestações do dia 25 na Paulista
No último domingo (25), Bolsonaro organizou uma manifestação na Avenida Paulista que teve a presença de 750 mil pessoas, contando com governadores como Tarcísio de Freitas (Rep-SP) e Ronaldo Caiado ( União- GO), Deputados e Senadores. Mas Hamilton Mourão não marcou presença.
Mourão disse que analisou a multidão como uma “massa significativa que não se via nos últimos tempos.” E ainda comparou a manifestação com as Diretas Já!, movimento político popular que teve como objetivo a retomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República no Brasil, durante a ditadura militar brasileira, em 1984.
Ao ser questionado sobre o motivo da ausência, o senador disse que “apoiou a manifestação o tempo todo e tem sido um dos defensores ferrenhos” mas que não pode marcar presença por “ter eventos de família que já estavam marcados com atencedência”.
E ainda diz que sua presença seria apenas “mais uma figura de todas aquelas que estavam presentes e que constituem parcela expressiva do nosso pensamento dentro do sistema político brasileiro”.