Ministério de Nísia

Saúde tem problema de logística e falta de vacinas atinge 6 de cada 10 cidades

Problema só deve ser normalizado em 2025

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Ministra da Saúde, Nísia Trindade. (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados).

Estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que 64,7% dos municípios brasileiros enfrentam falta de vacinas para imunizar crianças, devido a problemas de distribuição pelo Ministério da Saúde.

A pesquisa ouviu gestores de 2.415 municípios, dos quais 1.563 relataram desabastecimento. Ou seja, seis de cada dez municípios brasileiros apresentam falta de vacinas.

O Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição das vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS), reconheceu a falta em uma nota técnica enviada à CNM.

O ministério atribui o problema a questões de fabricação, logística e demanda dos imunizantes e está adotando medidas para resolver a situação, incluindo a aquisição de vacinas via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

A normalização do abastecimento de algumas vacinas, como a tríplice viral e hepatite A, está prevista para o fim deste mês, enquanto outras, como a meningo C e varicela, só devem ser regularizadas em 2025.

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, destacou que a falta de imunizantes aumenta o risco de retorno de doenças graves.

“Há falta de imunizantes essenciais há mais de 30 dias na maioria das cidades pesquisadas e, com isso, o risco de retorno de doenças graves, como a paralisia infantil, que já haviam sido controladas. É uma situação muito preocupante”, afirma.

A pesquisa também revela que Santa Catarina é o estado com maior falta de vacinas, com 83,7% dos municípios relatando desabastecimento. Pernambuco e Paraná seguem com 80,6% e 78,7% dos municípios, respectivamente, enfrentando o mesmo problema.

Veja vacinas que estão em falta:

  • Covid-19 (inativada XBB laboratório Moderna);
  • Meningocócica C, contra infecções como a meningite;
  • Tetraviral, contra o sarampo, a caxumba, rubéola e varicela;
  • Tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola;
  • Hepatite A;
  • DTP, que combate a difteria, o tétano e a coqueluche;
  • Febre amarela;
  • HPV.

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