Deputados acusam ‘manobra’ de Lula com os atos do 8 de janeiro
Oposição destaca que a estratégia do governo Lula é desviar a atenção de problemas urgentes do país
Deputados federais de oposição criticaram nesta terça-feira (7) o ato simbólico que o governo Lula (PT) prepara para esta quarta-feira (8), onde será relembrado os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.
Desde o início da gestão, o petista e aliados têm mantido o episódio no centro do debate público, frequentemente associando parlamentares do oposição.
Na visão dos congressistas, a estratégia do governo Lula é desviar a atenção de problemas urgentes do país, como a crise econômica e o aumento da violência, ao mesmo tempo em que alimenta um discurso de polarização.
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que o governo Lula utiliza o 8 de janeiro como um instrumento de “palanque político”.
“Dois anos se passaram, e o que vemos é o uso do 8 de janeiro para justificar excessos autoritários e criminalizar adversários políticos. O Brasil precisa de pacificação, e isso só será possível com anistia ampla para quem não praticou violência ou depredação. Não podemos seguir divididos por um governo que prefere culpar a oposição a assumir suas responsabilidades. Lula precisa parar de fazer palanque político com o 8 de janeiro”, afirmou.
Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), o governo Lula mantém o 8 de janeiro como uma cortina de fumaça para esconder a “incompetência”.
“Enquanto o governo gasta energia em reabrir feridas, brasileiros enfrentam desemprego, fome e violência nas ruas. Essa narrativa exaustiva não resolve os problemas do país. O que precisamos é de união, e a anistia seria uma resposta concreta para pacificar o Brasil”, criticou.
Já a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) destacou a importância de “virar a página” do 8 de janeiro.
“O Brasil está estagnado por um governo que vive do passado e explora um episódio trágico para manipular narrativas e dividir a sociedade. Precisamos olhar para frente, e a anistia é o primeiro passo para encerrar esse ciclo de perseguição política”, ponderou.
O deputado Sanderson (PL-RS) também enfatizou que o uso político do 8 de janeiro pelo governo só agrava a instabilidade.
“Lula utiliza esse episódio como uma ferramenta para consolidar seu projeto de poder, demonizando a direita e calando vozes de oposição. A anistia não é apenas um gesto de clemência, mas uma necessidade para o Brasil reencontrar o caminho do diálogo e da reconciliação”, destacou.