'Maquiaram a verdade'

Oposição critica relatório final da CPMI do 8 de Janeiro; ‘sem vergonha’

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama, livrou GDias, Dino e outros governistas, e pediu indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro

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Relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados).

Parlamentares da oposição ao governo Lula (PT) criticaram o relatório final da CPMI do 8 de Janeiro, apresentado nesta terça-feira (17) pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou o relatório como “sem credibilidade e sem vergonha”.

“Assessoria do min Flávio Dino produziu um relatório final para Eliziane Gama nota SEM! SEM credibilidade, SEM noção, SEM lula, SEM Dino, SEM G.Dias, SEM vergonha!”, criticou.

O relatório livra o indiciamente do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, o ministro da Justiça, Flávio Dino,o presidente da República Lula, entre outros governistas. Por outro lado o relatório traz pedido de indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) definiu o relatório como “ridículo e criminoso”.

“Ridículo e crimimoso são palavras que definem esse relatório. Um show de horrores, em que questionamos se foi escrito lá no Ministério da Justiça, comandado por Dino”, critica o parlamentar.

Já o deputado federal Daniel Freitas (PL-SC) criticou o relatório disparando: “o relatório da Eliziane não serve nem pra papel higiênico e ela sabe muito bem disso”.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a “credibilidade” da relatora para pedir o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Bolsonaro indiciado no relatório. Nunca foi ouvido na CPMI e nenhum depoente do dia 08 o acusou de crime algum. Eis a credibilidade de Eliziane. Usaram o depoimento do Hacker para dizer que Bolsonaro cometeu crime. Se a fala dele tem credibilidade, suas falas sobre a insegurança das urnas também procede? Será encaminhado também para a PGR a investigação de suas falas sobre uma pessoa ter ‘o poder de mudar uma eleição?’ 61 indiciados. Nenhum deles é o…G.Dias”, criticou.

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) chamou o relatório da relatora Eliziane Gama de “vergonhoso”.

“Enquanto o Governo Lula se recusa a chamar o grupo Hamas de terrorista, depois de MATAREM a sangue frio centenas de pessoas em Israel, a senadora Eliziane Gama faz um vergonhoso relatório da CPMI do 8 de janeiro indiciando os ‘verdadeiros terroristas’ na visão do PT: idosos munidos de estilingue e bola de gude que protestavam contra a eleição do descondenado Lula”, classificou.

O presidente do PP e senador, Ciro Nogueira (PI), afirmou que “o relatório da CPMI é a síntese do governo até aqui: fez de conta que fez alguma coisa, se mexeu para todo lado, mas não chegou a lugar nenhum, não fez nada. E, como o governo, pelo mesmo motivo: não consegue ver a realidade. Foi prisioneiro de ideias fixas.”

O deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) definiu que no relatório “maquiaram a verdade para esconderem a negligência do Governo”.

“Tivemos um relatório tendencioso que prestou um desserviço para a população, maquiando toda a verdade da população que almejava por respostas sobre o acontecido. Além disso, escondeu a negligência de parte do Governo. Precisamos derrubar isso”, apontou.

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) classificou no plenário da Câmara o relatório como “revanchista” e citou no ‘X’, antes conhecido como Twitter que Eliziane presta um “desserviço à nação”.

“Como pode indiciar uma pessoa sem ela sequer ser convocada para depor na CPMI, Bolsonaro é a pedra no sapato da esquerda, a relatora presta um desserviço à nação. Aqueles que deveriam estar nesse relatório são os que se omitiram diante dos ataques do dia 08”, criticou.

O senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou que a oposição apresentará um relatório paralelo na CPMI.

“Relatório dos atos do dia 8/1 saiu, ou melhor, foi tirado da gaveta porque já estava pronto. Resumo: Bolsonaro, bolsonarista, bolsonarismo. Nada de GDias, Dino, ou omissão do desgoverno Lula. Mas nós, da oposição, apresentaremos um relatório paralelo que contará a história com um único lado: o da VERDADE!”, destacou.

 

 

 

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