‘Ninguém é maior do que Bolsonaro’, diz Valdemar após comparação com Tarcísio
Presidente do PL foi questionado se o governador de SP saiu 'maior' do que Bolsonaro nas eleições
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda-feira (28) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), continua sendo o principal nome da direita no Brasil, mesmo após forte ascensão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), nas eleições municipais de 2024.
Ao ser questionado se Tarcísio saiu “maior” do que o ex-presidente, Valdemar afirmou em entrevista ao canal Globo News que “ninguém é maior do que o ex-presidente”.
Comparativo
Na lista dos três partidos que mais elegeram prefeitos no estado, o PL de Bolsonaro ficou na segunda posição com 104 prefeitos eleitos.
O Republicanos de Tarcísio, elegeu 84 prefeitos e ficou na terceira posição em São Paulo. O partido que mais elegeu prefeitos em SP foi o PSD de Gilberto Kassab (206 prefeitos eleitos).
Aliados eleitos em quase todos os municípios
Tarcísio encerrou o segundo turno das eleições com 629 dos 645 municípios paulistas sob o comando de correligionários e aliados.
Segundo apuração do jornal O Globo, aliados veem o resultado como uma demarcação da autonomia do governador paulista em relação a Bolsonaro.
Na capital paulista, com apoio fervoroso do governador, Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito no segundo turno com ampla vantagem frente ao candidato concorrente e apoiado pelo presidente Lula (PT), Guilherme Boulos (PSOL).
“Líder maior“
Nunes creditou a vitória esmagadora em SP ao apoio de Tarcísio de Freitas, a quem chamou de “líder maior”.
“Ao líder maior, sem o qual não teríamos essa vitória, meu amigo que me deu a mão na hora mais difícil, governador Tarcísio de Freitas”, agradeceu o prefeito reeleito em discurso.
Ricardo Nunes teve apoio do ex-presidente porém, Jair Bolsonaro pouco participou da campanha. Essa “não participação efetiva” gerou inclusive, críticas do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) e apoiador do ex-presidente, pastor Silas Malafaia, contra Bolsonaro.
Nunes teve uma ampla vantagem na reeleição com cerca de 1 milhão de votos de diferença, ficando com 3.393.110 votos (59,35%), enquanto Boulos obteve apenas 2.323.901 votos (40,65%).
Como noticiou o Diário do Poder, o número de pessoas que se abstiveram na eleição da capital paulista, superou a quantidade de votos recebidos por Boulos (Psol). Foram 2.940.360 eleitores que se ausentaram. O número de abstenções é o maior desde 1992.