GSI desidratado

Lula tira militares de campo e PF assume segurança presidencial

O decreto foi publicado pelo petista nesta terça-feira (31) no Diário Oficial da União

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Presidente Lula ao lado do ministro da Justiça Flávio Dino, nome mais forte para o STF. (Foto: Ricardo Stuckert).

O presidente Lula (PT) publicou um decreto nesta terça-feira (31) no Diário Oficial da União (DOU) para regulamentar o uso da Polícia Federal na segurança presidencial, incluindo a do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

O decreto estabelece uma nova diretoria da Polícia Federal dentro do Ministério da Justiça, chefiado pelo ministro Flávio Dino, responsável pela segurança de autoridades brasileiras e estrangeiras. Isso é visto como uma derrota para os militares, que desejavam manter essa função sob o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O ministro general Marcos Antônio Amaro, ao assumir o GSI, afirmou que a segurança presidencial retornaria para sua pasta. No entanto, a segurança de Lula tem sido realizada pela Polícia Federal desde a campanha presidencial do ano anterior.

Desde que tomou posse como presidente, o petista fez uma mudança significativa na estrutura de segurança presidencial. Esta mudança foi motivada, em grande parte, pela estreita relação que os setores militares mantinham com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O decreto de Lula estabelece que uma das funções da Diretoria de Proteção à Pessoa da PF será a segurança de autoridades estrangeiras em visita ao país e autoridades brasileiras que solicitem esses serviços.

“À Diretoria de Proteção à Pessoa compete dirigir, planejar, coordenar, controlar, executar e avaliar as atividades de […] segurança dos familiares do Presidente da República e do Vice-Presidente da República, em articulação com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, quando demandadas pela respectiva autoridade”, diz o texto.

A diretoria será responsável por dirigir, planejar, coordenar, controlar, executar e avaliar as atividades de segurança dos familiares do presidente e do vice-presidente da República, em articulação com o GSI. No entanto, essa diretoria apoiará a segurança de Lula e Alckmin sob a coordenação do GSI, quando determinado pela respectiva autoridade.

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