Futuro da Vara da Lava Jato pode ser definido nesta quarta
Com pauta no assunto, o corregedor-geral de Justiça do CNJ, Luís Felipe Salomão, terá uma audiência com o juiz Eduardo Appio
O corregedor-geral de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Felipe Salomão, terá uma audiência nesta quarta-feira (18) com o juiz Eduardo Appio. O encontro será crucial para determinar o futuro da 13ª Vara Criminal de Curitiba, palco da operação Lava Jato.
Devido à diminuição do volume de trabalho especializado e a uma disputa simbólica pelo controle processual, as direções do CNJ e do TRF4 estão considerando a possibilidade de transformar a 13ª Vara Federal em um tribunal especializado em direito previdenciário.
Caso isso aconteça, todos os processos ainda pendentes da Operação Lava Jato seriam redistribuídos para outras varas criminais do Estado, como a 12ª e a 14ª. Isso marcaria o fim definitivo da Lava Jato no âmbito jurídico.
A 13ª Vara Federal, onde atuou o senador Sergio Moro (União-PR), se especializou em crimes de combate à corrupção durante a atuação da força-tarefa da Lava Jato. No entanto, após a saída de Moro para se tornar ministro da Justiça do então presidente Jair Bolsonaro (PL), houve um esvaziamento das funções da 13ª Vara.
O primeiro substituto de Moro, Antônio Bonat, era considerado um juiz de perfil mais discreto e menos produtivo. Após ser promovido para a segunda instância, ele foi substituído por Eduardo Appio, um juiz com um perfil completamente diferente ao de Sergio Moro.
Appio é crítico dos métodos usados por Moro, que comandou a Lava Jato, e pelo ex-procurador Deltan Dallagnol. O magistrado já se envolveu em outras polêmicas, como o uso do login “LUL22” para acessar o sistema eletrônico da Justiça.
Eduardo também fez doações à campanha do agora presidente Lula nas últimas eleições. O curioso valor doado por Appio foi de R$13; número do Partido dos Trabalhadores (PT), sigla do presidente nas urnas.