João Paulo Cunha

Ex-presidente da Câmara defende Lira em ministério

Petista avalia que Lira ajudaria a consolidar apoio de partidos de centro

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João Paulo Cunha, petista que presidiu a Câmara dos Deputados - Foto: Agência Brasil.

O petista e ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT), defendeu que o presidente Lula (PT) dê um ministério ao atual presidente da Casa, deputado federal Arthur Lira (PP-AL).

João Paulo avalia que, com essa jogada, Lula consiga trazer mais apoio do “Centrão” ao governo.

“O ideal é Lira assumir um ministério em 2025 porque temos de trazer o Centrão para mais perto [do governo]. Precisamos consolidar essa banda do Centrão que dialoga com a gente para a disputa de 2026″, afirma Cunha.

Presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP – AL).

Lira está no final do mandato como presidente da Câmara. No dia 1 de fevereiro de 2023, com recorde de votos na história da Casa, o parlamentar foi eleito ao pleito.

Presidentes da Câmara têm mandato de dois anos, com isso, em fevereiro de 2025, Lira deixa o cargo.

O ex-presidente da Câmara afirma ainda que partidos do centrão têm ministérios no governo Lula, porém estão sem um compromisso consolidado.

“Uma parte grande do Centrão está no governo. O PP, o União Brasil, o Republicanos, o PSD têm ministérios, mas não têm um compromisso para 2026 mais sólido”, afirmou João Paulo em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

João e o Mensalão

Em 2005, João Paulo Cunha era uma figura em ascensão. Na reta final do mandato como presidente da Câmara, o escândalo do Mensalão veio à tona.

O esquema envolvia desvio de dinheiro público para subornar políticos durante o primeiro governo de Lula. As investigações revelaram a participação de Cunha no esquema de corrupção.

O parlamentar foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão em 2014 e cumpriu a pena na penitenciária da Papuda, em Brasília, onde concluiu um curso de direito. João foi libertado do presídio em 2015.

O petista afirma que prepara uma autobiografia, onde vai relatar o período em que chefiou a Câmara (2003-2005), o Mensalão, entre outros fatos.

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