Desembargadores usavam escritórios dos filhos em suposta corrupção no TJMS
Investigações apontam que filhos dos magistrados recebiam dinheiro para favorecer decisões
Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul afastados por possíveis crimes de vendas de sentenças, organização criminosa, entre outros crimes apontados, supostamente usavam os escritórios dos filhos para as práticas.
Os filhos são, na maioria, advogados, que, segundo a Polícia Federal (PF), usavam escritórios para burlar mecanismos de rastreamento do fluxo de dinheiro.
“As conversas travadas entre a analista judiciária Natacha [Neves Bastos] e a magistrada Kelly [Gaspar] corroboram a hipótese criminal levantada no presente inquérito policial, no sentido de que a negociação de decisões judiciais ocorra por intermédio dos filhos dos desembargadores”, diz a PF.
Como noticiou o Diário do Poder, os desembargadores Sérgio Fernandes Martins; presidente do TJMS, Sideni Soncini Pimentel; futuro presidente do TJMS, Vladimir Abreu Da Silva; futuro vice-presidente do TJMS, Alexandre Aguiar Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues, terão que usar tornozeleira eletrônica e então proibidos de entrar no tribunal após a operação Ultima Ratio, da PF, apontar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, praticados pelos magistrados.