Jadyel Alencar

Deputado do PV tem suposto elo com membros de organização criminosa

Um documento aponta que o parlamentar transferiu mais de meio milhão para os envolvidos

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Um monitoramento da Polícia Civil apontou também que na campanha eleitoral de Jadyel, veículos utilizados pelo grupo criminoso utilizavam adesivos do deputado. (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados).

O deputado federal Jadyel Alencar (PV-PI) tem uma suposta ligação com membros de uma organização criminosa no Piauí. Um documento revela que o parlamentar enviou uma quantia no valor de R$ 581.200,00 para Govandi Freire de Sá Filho e Ramon Santiago Matos Nascimento, presos durante a “Operação Mandarim”, que desarticulou uma organização criminosa liderada por Paulinho Chinês.

O documento, divulgado pelo portal GP1, nesta quarta-feira (3), aponta que o deputado transferiu para Govandi Freire a quantia de R$ 470.500,00, na seguinte sequência: R$ 60.000,00 no dia 23 de novembro de 2021; R$ 55.000,00 no dia 24 de novembro de 2021; R$ 111.000,00 e R$ 192.000,00 no dia 30 de novembro de 2021; e R$ 52.500,00 no dia 21 de janeiro de 2022.

Já as transferências para Ramon Santiago foram enviadas no valor de 110.700,00 para sua empresa, ‘Achei Negócios Imobiliários’, na seguinte sequência: R$ 40.000,00 no dia 26 de novembro de 2021 e R$ 70,700,00 no dia 30 de novembro de 2021.

De acordo com a operação da Polícia Civil, a organização criminosa atuava com tráfico de drogas e lavagens de dinheiro. Govandi Freire é irmão de Ítalo Freire Soares de Sá, acusado de ser o operador financeiro da organização e dono da empresa Ponto Charme. Já a empresa de Ramon, ‘Achei Negócios Imobiliários’ era utilizada para lavar dinheiro do tráfico.

Um monitoramento da Polícia Civil apontou também que na campanha eleitoral de Jadyel, veículos utilizados pelo grupo criminoso utilizavam adesivos do deputado.  Ítalo Freire entrava diversas vezes no comitê do parlamentar e no estacionamento foi observado que sacolas eram transferidas de um carro para outro. A polícia não informou o que havia dentro delas.

O Diário do Poder tentou entrar em contato com Jadyel Alencar, mas as ligações não foram atendidas. A reportagem ressalta que o espaço está aberto, caso ele queira se manifestar.

 

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