A sessão desta terça-feira (26) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura falcatruas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi cancelada.
A audiência tinha como pauta a votação do relatório final do colegiado que foi elaborado pelo deputado federal e relator da comissão Ricardo Salles (PL-SP).
A votação estava programada para hoje, mas foi adiada devido a um pedido de vista, conforme informa a nota oficial da CPI. A análise do relatório será prorrogada até quinta-feira (28) para cumprir o “prazo regimental de duas sessões”.
No relatório, Salles pediu o indiciamento de dez pessoas, incluindo o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Lula (PT), general Gonçalves Dias; e um dos chefões do MST, José Rainha.
O relatório classifica os movimentos que lutam pela reforma agrária como “facções criminosas”.
O deputado Valmir Assunção estava na lista dos indiciados por Salles como líder do MST na Bahia. No entanto, após pressão do Centrão, o parlamentar recuou.
Apesar disso, há dúvidas se essa ação será suficiente. Salles manteve partes do relatório em que o petista é associado a atividades criminosas no sul da Bahia, supostamente decorrentes de sua liderança entre os sem-terra.