Ministro da Casa Civil

CPI do MST aprova convocação de Rui Costa

Caso o ministro falte no depoimento sem falta justificada, será punido sob pena de crime de responsabilidade

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Ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa. Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aprovou a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, por 14 votos a 10.

A convocação aprovada nesta terça-feira (1) obriga o comparecimento do ministro sob pena de crime de responsabilidade em caso de falta sem justificativa.

A convocação do ministro entrou na pauta da Comissão, a pedido do relator, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). O parlamentar afirmou que a mesma lógica se aplica ao ministro Rui Costa que desde a referida data em diante passa a ser o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

“[…] A CPI MST foi criada para investigar crimes praticados pelos movimentos sem terra e propor medidas para combatê-los. O atual governo é acusado de ser conivente com as invasões, associando-se a líderes dos movimentos e indicando gestores ligados a eles. O Presidente da República viajou à China acompanhado de João Pedro Stédile e nomeou pessoas ligadas às invasões para cargos no Incra, incluindo o Ministro Rui Costa, que foi criticado por não impedir invasões de terra quando era Governador da Bahia”, afirmou o relator na justificativa da convocação.

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) afirmou que a convocação “tem pertinência”, porque o MST teria usado de chantagem para nomear indicados no governo.

“É pela Casa Civil que todas as nomeações políticas passam e o que nós temos são indícios de crimes com invasores de terra invadindo a Embrapa, para negociar cargos no governo”, afirmou.

A base governista reagiu e atuou para tentar impedir a convocação. A deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) Gleisi Hoffmann (PR) chamou o requerimento de “absurdo”.

“Não tem lógica o ministro da Casa Civil vir falar nessa CPI, que nem tem objeto, para falar sobre nomeações do governo”, afirmou.

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