A deterioração no resultado anual é atribuída principalmente à redução de US$ 1,7 bilhão no superávit comercial, impulsionada pelo aumento nas importações.
Além disso, os déficits em serviços e na renda primária — que inclui pagamentos de juros e lucros de empresas — aumentaram em US$ 922 milhões e US$ 603 milhões, respectivamente. Por outro lado, o superávit em renda secundária cresceu em US$ 140 milhões.
No acumulado dos últimos 12 meses até novembro, o déficit nas transações correntes atingiu US$ 52,417 bilhões, representando 2,37% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em outubro, esse saldo negativo foi de US$ 49,360 bilhões, ou 2,22% do PIB. Comparando com o mesmo período do ano anterior, o déficit aumentou substancialmente, quando ficou em US$ 25,844 bilhões, equivalendo a 1,19% do PIB.
Conforme o Banco Central, as transações correntes enfrentavam uma tendência de redução nos déficits até março deste ano, mas essa situação se inverteu.
Apesar do déficit externo, ele é considerado baixo para os padrões da economia brasileira, sendo financiado por capitais de longo prazo, como os investimentos diretos no país, que somam um estoque recorde de US$ 1,4 trilhão.
De janeiro a novembro, o déficit acumulado nas transações correntes chegou a US$ 46,830 bilhões, em comparação a um saldo negativo de US$ 18,929 bilhões no mesmo período de 2023.
As exportações de bens em novembro somaram US$ 28,199 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 21,872 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 6,327 bilhões no mês.
No setor de serviços, o déficit aumentou para US$ 4,664 bilhões em novembro, um crescimento de 24,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
As despesas com transporte, serviços de propriedade intelectual e telecomunicações foram os principais responsáveis por esse aumento.
As receitas de viagens internacionais atingiram US$ 6,620 bilhões no acumulado do ano, um recorde desde 1995, embora o déficit nessa conta tenha subido para US$ 550 milhões em novembro.