71% dos votos

Candidato da esquerda na Argentina é o preferido entre os presidiários no país

Sergio Massa é o representante do atual governo da Argentina, e tem apoio do presidente Lula (PT) no Brasil

acessibilidade:
O candidato foi preferido de 25.526 presos. (Foto: Reprodução/Instagram/Sergio Massa).

A chapa União pela Pátria, do canditado da esquerda à Presidência da Argentina, Sergio Massa, ganhou as eleições nas cadeias, com 71% dos votos. O candidato foi preferido de 25.526 presos, que correspondem a 36,71% do eleitorado carcerário. Os dados são da Câmara Eleitoral Nacional.

Massa é o representante do atual governo dos hermanos argentinos, e tem apoio do presidente Lula (PT) no Brasil. Nas eleições brasileiras  de 2022 à Presidência da República, o petista recebeu mais de 80% de votos nos presídios. De acordo com levantamento divulgado pelo O Antagonista, 11.363 pessoas votaram em urnas destinadas aos presos. Nestas, Lula conquistou 8.883 dos votos.

O candidato liberal, Javier Milei, da chapa A Liberdade Avança, ficou em segundo lugar, recebendo 15,49% dos votos entre os detentos do país. Patricia Bullrich, da chapa Juntos pela Mudança, ficou em terceiro lugar, com 5,23%.

O levantamento aponta ainda que este resultado é o mesmo apresentado em 13 de agosto nas Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso), uma espécie de ensaio para as eleições gerais.

Massa ganhou em todos os distritos do país entre os presos, exceto em dois. Em Córdoba, Schiaretti, governador da província, saiu em primeiro lugar; em San Luis, quem levou a melhor foi Milei.

Os presos na Argentina receberam o direito a voto apenas em 2007. Mas isso só é possível se o eleitor já tiver seu processo criminal julgado pela Justiça. A votação desse grupo é responsabilidade da Câmara Eleitoral, que administra o chamado “Cadastro de Eleitores Privados de Liberdade” e realiza a contagem dos votos.

A pesquisa apontou também que, Massa estaria com 11,4 pontos de vantagem sobre Milei nas intenções de voto: 44,6% a 33,2%. Mais de 8% dos entrevistados ainda estão indecisos, enquanto que 5,9% votarão em branco ou nulo. Pelo menos 7% informaram que não pretendem votar nestas eleições.

Reportar Erro