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Brazão recorre à CCJ contra cassação e alega ‘parcialidade’ de relatora

O recurso apresentado pela defesa do deputado será analisado pela CCJ na próxima segunda-feira (23)

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O Conselho de Ética da Câmara aprovou a cassação do mandato de Chiquinho Brazão no dia 28 de agosto. (Foto: Agência Câmara).

A defesa do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) entrou com um recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara contra a decisão do Conselho de Ética de cassar o mandato do parlamentar.

No dia 28 de agosto, o Conselho de Ética aprovou um relatório recomendando a cassação do mandato de Brazão, com 15 votos a favor, 1 contra e 1 abstenção.

A defesa de Brazão alega que a relatora do processo, deputada federal Jack Rocha (PT-ES), não foi imparcial. Os advogados citam publicações nas redes sociais de Jack, onde a parlamentar aparece com um cartaz com a frase “Brazão na prisão” e cobra a cassação do mandato.

“A eminente deputada possui o total direito de se manifestar publicamente, externalizar o seu posicionamento jurídico, fazer campanha pela prisão do recorrente e cobrar celeridade em seu processo de cassação, mas todos esses comportamentos são absolutamente incompatíveis com o exercício imparcial da relatoria”, diz a defesa no documento.

O recurso apresentado pela defesa será analisado pela CCJ na próxima segunda-feira (23). O deputado federal Ricardo Ayres (Rep-TO) é o relator.

Se o recurso for aceito pela CCJ, o caso retorna ao Conselho de Ética para nova análise. Caso contrário, seguirá para o plenário da Câmara, onde será votado. Para a cassação do mandato, é necessário o apoio de pelo menos 257 dos 513 deputados.

Brazão está preso desde 24 de março, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Chiquinho é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol).

 

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