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Associação diz que governo Lula ‘trabalha contra mulheres’

Em um vídeo do programa 'Dignidade Menstrual', a pasta da Saúde optou por se referir aos beneficiários como 'pessoas', em vez de 'mulheres'

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A associação argumenta que, embora a campanha pregar "inclusão", ela acaba negligenciando a realidade biológica das mulheres. (Foto: Divulgação).

Após o Ministério da Saúde lançar uma nova campanha voltada para o público feminino, omitindo as palavras “meninas” e “mulheres” nas comunicações, a Associação MATRIA, que representa mulheres biológicas, criticou duramente a iniciativa.

A campanha, que distribui gratuitamente absorventes nas farmácias populares, foi replicada por outros ministérios, como o do Desenvolvimento e Assistência Social.

Em um vídeo do programa ‘Dignidade Menstrual’, a pasta optou por se referir aos beneficiários como “pessoas”, em vez de “mulheres”.

A ação divulgada na quarta-feira (24) é destinada a “pessoas inscritas no CadÚnico”. Ela abrange pessoas de 10 a 49 anos, estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua, sem fazer referência ao sexo feminino.

A associação argumenta que, embora a campanha pregar “inclusão”, ela acaba negligenciando a realidade biológica das mulheres. Isso se torna uma manobra linguística para atender às demandas de homens que reivindicam a nomenclatura “mulher”.

A nota da associação menciona um cartão da campanha com a imagem de uma pessoa de aparência masculina, identificada como do sexo feminino pelo contexto.

A associação afirma que tal inclusão, embora reconheça implicitamente o sexo biológico, pode ser um gatilho doloroso para indivíduos em conflito com sua identidade de gênero.

Veja a nota completa abaixo:

Em 14/01/2024 o Ministério da Saúde mais uma vez publicou em suas redes sociais comunicado direcionado a mulheres no qual se refere a nós com termos extremamente desumanizantes, como “pessoa que gesta” e “pessoa que pariu”.

Percebemos que há uma adesão total do Governo atual a uma “cultura woke” que privilegia demandas masculinas e desumaniza mulheres: não somos mais consideradas seres humanos do sexo feminino mas sim uma “identidade”, uma “performance”, um conjunto de “estereótipos” ou “intervenções estéticas” que poderiam ser adotados por qualquer um.

Para que essa ideologia se sustente, é preciso dissociar a palavra mulher de tudo que é exclusivo ao sexo feminino, como menstruar, gestar, parir ou amamentar, ou restaria claro que nenhuma pessoa do sexo masculino pode reivindicar para a si a nomenclatura “mulher”.

E assim o Governo nos faz regredir, em pleno século XXI, ao status contra o qual lutamos há milênios: o de sermos vistas apenas como um corpo desprovido de cidadania, um “corpo que pare”, uma “pessoa com útero”, “que menstrua”, “com vagina” ou qualquer outro termo desumanizante como os que o Governo vem adotando por meios de seus órgãos oficiais, sob o manto de um suposto progressismo.

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