Estiagem

Amazônia em alerta: seca leva rios a níveis muito baixos em setembro

De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, 16 dos 62 municípios estão em situação de emergência por falta de água, e outros 39 estão em alerta

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O aquecimento das águas do oceano desencadeia um mecanismo que reduz as chuvas na região. (Foto: Defesa Civil do Estado).

A região Norte do Brasil está enfrentando uma seca severa, com o estado do Amazonas sendo o mais afetado. A estiagem tem levado os principais rios a níveis muito baixos, afetando portos e o transporte de pessoas e alimentos.

De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, 16 dos 62 municípios estão em situação de emergência devido à falta de água, e outros 39 estão em alerta. Mais de 80 mil pessoas são afetadas pelo clima.

Os efeitos da seca são visíveis nos grandes rios, como o Negro, Solimões, Purus, Juruá e Madeira. O Porto de Manaus informa que o nível do rio Negro tem baixado cerca de 30 cm por dia.

A falta de chuvas também tem causado ar seco nas cidades da Amazônia. Isso é agravado por incêndios na Amazônia, facilitados pelo tempo extremamente seco.

O mês de setembro faz parte do período de ‘aridez’ na Amazônia, mas a estiagem deste ano é mais forte do que em anos anteriores, devido à combinação do El Niño e ao aquecimento do oceano Atlântico Norte, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Ambos os fenômenos inibem a formação de nuvens e chuvas.

O aquecimento das águas do oceano desencadeia um mecanismo que reduz as chuvas na região. Com o El Niño, são esperadas menos chuvas e aumento das temperaturas em parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Esses processos são potencializados pelas mudanças climáticas, que tornam fenômenos naturais mais extremos. Combinados com o El Niño, eles devem fazer com que 2023 seja provavelmente o ano mais quente já registrado no mundo.

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