Alta nos gastos pode levar a um apagão financeiro do Governo em 2032
Crescimento de despesas obrigatórias pode levar a paralisia em 2032
O Governo Federal pode enfrentar um “apagão” em 2032 devido ao crescimento das despesas obrigatórias e não obrigatórias determinadas por lei, como emendas impositivas e pisos da saúde e educação.
O alerta foi emitido pelo Relatório de Projeções Fiscais do Tesouro Nacional.
O espaço para despesas discricionárias não rígidas, que inclui gastos de custeio e investimentos, será drasticamente reduzido. Em 2025, o governo terá R$ 123 bilhões para essas despesas, mas esse valor cairá para R$ 3 bilhões em 2032.
Os gastos de custeio, como contas de luz e combustíveis, são necessários para manter os órgãos públicos em funcionamento, mas são classificados como despesas não obrigatórias.
A partir de 2027, os gastos não rígidos começarão a ser comprimidos, chegando a R$ 70 bilhões. Isso pode levar a dificuldades para manter a máquina pública em funcionamento em 2028 e à paralisia em 2033 e 2034.
O Tesouro Nacional também destaca que o piso de investimentos ocupará mais espaço nas despesas discricionárias não rígidas, saltando de 24% em 2024 para 40% em 2027.
Além disso, a inclusão dos precatórios no limite de gastos do arcabouço fiscal afetará o espaço fiscal disponível.
As despesas discricionárias representam atualmente 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), mas essa proporção deve cair 0,4 ponto percentual em 2027 com a inclusão dos precatórios no limite de despesas.