Dólar cai 5% após interferência do Banco Central e fecha cotado a R$ 3,70
Recuo ocorre após três dias de forte alta da moeda norte-americana
A cotação do dólar caiu 5% nesta sexta (8) após forte intervenção do Banco Central (BC) e fecha a semana valendo R$ 3,70. Ontem, a moeda americana bateu a marca de R$ 3,92, maior nível desde março de 2016.
Na noite de quinta (7), o presidente do BC, Ilan Goldfajn, convocou a imprensa e declarou que vai utilizar todos os instrumentos necessários para conter a pressão sobre o câmbio e garantir a liquidez do mercado.
Entre as medidas, Goldfajn anunciou que o BC vai oferecer US$ 20 bilhões adicionais em swaps cambiais (venda de dólar futuro). “Vamos intensificar o uso desse seguro no curto prazo. Iremos oferecer US$ 20 bilhões até o final da semana que vem para prover liquidez, oferecer hedge e garantir o bom funcionamento do mercado, sem prejuízo de atuações adicionais, caso necessário”.
Ilan também afirmou que o regime de câmbio flutuante será mantido e que vai funcionar como “nossa primeira linha de defesa”. Ele também rejeitou a ideia de utilizar a taxa básica de juros, a Selic, para interferir no câmbio.
O diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, elogiou atitude de Ilan de afirmar que o Banco Central não vai utilizar a política monetária para controlar a alta do dólar. “Para administrar, suavizar e evitar condições desordenadas nos mercados financeiros, como no de câmbio, há outros instrumentos”, disse.