Cai para 8% no DF pagamento de passagens de ônibus em espécie
Usuários aderem ao sistema eletrônico e dão preferência aos meios digitais
O sistema de bilhetagem 100% eletrônico, no transporte público de Brasília, completou 90 dias e os dados do programa apontam a preferência dos usuários pelos meios digitais de pagamento das passagens. O uso de dinheiro em espécie nos ônibus caiu para 8%, considerando os acessos totais em que são incluídos todos os meios de pagamento mais as gratuidades. Entre os acessos pagos, os meios digitais chegam a 92% das viagens.
“Foi uma evolução muito superior ao que esperávamos”, afirmou o secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal, Zeno Gonçalves. De acordo com o secretário, a aceitação por parte dos usuários permite ampliar o programa. “Estamos incluindo mais 171 linhas no sistema e com isso chegamos a 433 linhas com pagamento digital, correspondendo a 46% do total de linhas do transporte coletivo da capital”, disse.
A novidade implantada pelo programa foi a possibilidade de pagar a passagem com cartão bancário. Desde 1º de julho, quando foram anunciadas as primeiras linhas do sistema, o pagamento com cartão de débito e crédito por aproximação saiu de zero para 8,2%, se aproximando ao nível de outras cidades onde o sistema foi implantado há bastante tempo.
De acordo com o BRB Mobilidade, um estudo recente da Visa Consulting & Analytics, braço de consultoria da marca, revelou que Brasília foi a quinta cidade com mais transações por aproximação feitas com credenciais de débito e crédito Visa, entre janeiro de 2022 e maio de 2024. O sistema de pagamento de passagens vai contribuir para ampliar essa marca.
Outro meio de pagamento de passagens que obteve boa aceitação do público é o Cartão Mobilidade, que dá direito à integração com até três acessos no período de três horas, com apenas uma tarifa. A emissão do cartão cresceu 11% desde junho, subindo para mais de 600 unidades. O uso desse meio de pagamento nos ônibus do DF correspondem a 46,6% dos acessos.
O bilhete avulso (QR Code), que é uma variação do pagamento em espécie, tem sido pouco utilizado. Foram emitidos 3.065 bilhetes desde o lançamento em 13/8, média de 61 bilhetes por dia. O bilhete é impresso para acesso único, no valor exato da tarifa e tem validade de 48 horas.
Etapas do programa
O sistema de pagamento de passagens 100% eletrônico teve início no último dia 1º de julho, com 52 linhas (5,65% do total). Foram 10 da Piracicabana, 15 da Pioneira, 7 da Urbi, 10 da Marechal e 10 da BsBus.
Em 15 de agosto a Semob inseriu o 2º lote, com 99 linhas, subindo para 151 linhas (16% do total). Foram acrescidas 30 da Piracicabana, 19 da Pioneira, dez da Urbi, 24 da Marechal e 16 da BsBus.
O 3º lote, que começou a funcionar no dia 12 de setembro, inseriu no sistema 111 linhas , passando para 262 linhas (28% do total), sendo 29 linhas da Piracicabana, 17 da Pioneira, 24 da Urbi, 16 da Marechal, 23 da BsBus, e duas linhas da TCB.
E no próximo dia 14 serão acrescidas 171 linhas, passando para para 433 linhas (46% do total). São 54 linhas da Piracicabana (total de 123), 30 da Pioneira (81), 46 da Urbi (87), 17 da Marechal (67) e outras 24 da BsBus (73).