Operação Terminal Brasília

Polícia Civil desarticula esquema de tráfico de drogas no centro de Brasília

Foram cumpridos 70 mandados judiciais, sendo 36 de buscas e apreensões e 34 de prisões temporárias

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Os grupos criminosos dominam o tráfico de drogas na região central de Brasília, atuando, na localidade, com as vendas de “crack”, “cocaína” e “maconha” Foto: PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta quarta-feira (30), a Operação Terminal Brasília, com intuito de desarticular um esquema de tráfico de drogas na região central de Brasília.

Foram cumpridos 70 mandados judiciais, sendo 36 de buscas e apreensões e 34 de prisões temporárias, expedidos pelo Juízo da 5ª Vara de Entorpecentes de Brasília, em desfavor de duas associações criminosas voltadas para o tráfico de drogas na Rodoviária do Plano Piloto.

De acordo com a PCDF, os grupos criminosos dominam o tráfico de drogas na região central de Brasília, atuando, na localidade, com as vendas de “crack”, “cocaína” e “maconha”.

A investigação teve início em setembro de 2021. Neste período, os agentes identificaram duas associações criminosas que exerciam o tráfico de drogas, de maneira harmônica, na Rodoviária do Plano Piloto, no Conjunto Nacional, no Conic, no Setor Comercial Sul e nos arredores da região. 

A primeira associação criminosa, liderada por um homem, 30 anos, era a responsável pela venda de “crack” em tais localidades. 

A segunda associação criminosa, liderada por um homem, 38 anos, era a responsável pelo comércio de “cocaína” e “maconha” nos mesmos locais.

Os grupos eram bem organizados e possuíam estratégias para driblar a fiscalização e dificultar a atuação das forças de segurança do Distrito Federal:

  1. Os associados responsáveis pelo transporte das drogas faziam o trajeto do local onde os entorpecentes estavam armazenados (geralmente em Ceilândia e no entorno do Distrito Federal), no horário em que o efetivo das forças de segurança estava trocando de turno.
  2. Posteriormente, as drogas eram entregues para os indivíduos responsáveis pela guarda e vigilância, os quais as escondiam em diversos pontos da Rodoviária do Plano Piloto, do Conjunto Nacional, do Conic e do Setor Comercial Sul.
  3. As pessoas responsáveis pela guarda e vigilância dos entorpecentes as repassavam, em pequenas quantidades, para os indivíduos responsáveis pela venda (geralmente usuários de drogas, adolescentes e moradores de rua). 
  4. Após a realização das vendas das drogas, o dinheiro ou objeto recebido como pagamento era entregue para outros membros dos grupos criminosos (normalmente pessoas que trabalhavam naquelas localidades como ambulantes, flanelinhas, vigias e até taxistas). 
  5. Os grupos criminosos utilizavam motoristas de aplicativos e taxistas para transportar drogas e, também, clientes que iriam adquirir entorpecentes.

Desta forma, eles conseguiam evitar que seus membros fossem presos pois, na maioria dos casos, os policiais encontravam pequenas quantidades de drogas, sendo assim, na maioria das vezes, eles eram autuados, apenas, pelo crime de posse de drogas para consumo pessoal. 

Os mandados judiciais expedidos foram cumpridos nas Regiões Administrativas de Ceilândia, Sol Nascente, Samambaia, Recanto das Emas, Asa Norte, Planaltina, Paranoá, Riacho Fundo I e II, Vicente Pires, São Sebastião, nas localidades da Rodoviária do Plano Piloto, do Conjunto Nacional, do Teatro Nacional, do Conic e do Setor Comercial Sul, bem como nas cidades goianas de Santo Antônio do Descoberto, Luziânia, Planaltina de Goiás e Valparaíso.

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