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Ibaneis mostra em depoimento que plano de segurança do DF foi sabotado

Ibaneis apresentou revelou mensagens do dia 8 com secretário de Segurança e o ministro da Justiça

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Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal.

O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha prestou voluntariamente depoimento na Polícia Federal (PF), ontem (13) e ressaltou que o plano de segurança de Brasília foi sabotado.

Ibaneis apresentou aos investigadores as trocas de mensagens com o ex-secretário de Segurança, Anderson Torres; com o ex-secretário interino de Segurança Fernando de Souza Oliveira e com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Ele ressaltou  que  assim que viu os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, reagiu energeticamente.

Primeiramente, Ibaneis disse que entrou em contato com Anderson Torres na manhã de domingo (8) e só então soube que ele estava nos Estados Unidos,  em viagem com a família, apesar de ainda não estar de férias.

Torres informou que teria delegado a responsabilidade da segurança da Esplanada dos Ministérios ao secretário interino. Fato que segundo Ibaneis o fez perder a confiança em Torres.

“A exoneração do secretário Anderson se deu em razão do fato de que este estava ausente do país no momento do trágico acontecimento e, portanto, o declarante perdeu a confiança no seu então secretário”, afirmou Ibaneis.

Depois da conversa com Torres, ele entrou em contato com o secretário interino de Segurança. Em áudio enviado às 13h23 para o governador afastado, Fernando de Souza Oliveira garantiu que conduziu as negociações para que os manifestantes deixassem os arredores da Esplanada sem tumultos e reiterou o controle das tropas policiais.

“Governador, bom dia. Delegado Fernando falando. Governador, passar o último informe aqui do meio dia para o senhor. Tudo tranquilo. Os manifestantes estão descendo lá do SMU, controlado, escoltado pela polícia. Tivemos uma negociação para eles descerem de forma pacífica, organizada, acompanhada. Toparam. Não precisou conter lá em cima. É um ou outro ônibus que vai descer. Ao descer perto da rodoviária, eles desembarcam ali na alça leste e seguem acompanhados pela polícia militar. Então, assim, tá um clima bem tranquilo, bem ameno, uma movimentação bem suave e a manifestação totalmente pacífica. Até agora, nossa inteligência está monitorando, não há nenhum informe de questão de agressividade ligada a esse tipo de comportamento. Tem aproximadamente cento e cinquenta ônibus já no DF, mas todo mundo de forma ordeira e pacifica”.

Ibaneis responde: “Maravilha”.

Entretanto, depois de ter visto pela televisão os atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, Ibaneis voltou a procurar Oliveira às 15h39 e determinou a remoção dos vândalos.

“Coloca tudo na rua. Tira esses vagabundos do Congresso e prenda o máximo possível”.

Ibaneis afirmou que  logo depois de ter tido ciência que a situação estava fora de controle, solicitou ao ministro da Justiça Flávio Dino o apoio das Forças Armadas.

O governador afastado afirmou que ficou “decepcionado” e “revoltado” ao ver a passividade de alguns policiais militares, que chegaram a fazer fotos dos manifestantes enquanto eles depredavam o patrimônio público. Ibaneis afirmou que foi  vítima de “sabotagem”.

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