Covid-19

Ministério Público do DF requisita testes rápidos para trabalhadores do transporte coletivo

Número crescente de trabalhadores do setor infectados com a doença preocupa o Ministério Público

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Ônibus não sairam da garagem nesta terça-feira (7) (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)

A força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que fiscaliza as ações de combate à pandemia de Covid-19 requisitou à Secretaria de Saúde que disponibilize testes rápidos de diagnóstico para os profissionais que atuam no transporte público coletivo. O documento foi encaminhado ao secretário Francisco Araújo Filho, nesta terça-feira, 26 de maio.

O MPDFT acompanha com preocupação o número crescente de trabalhadores do setor infectados com a doença. Apesar da obrigatoriedade do uso de máscaras e da adoção de medidas de higienização dos veículos, passageiros e trabalhadores do transporte público convivem com o alto risco de propagação do vírus, dado o caráter essencial da atividade e a necessidade de contato com grande número de pessoas.

O procurador distrital dos Direitos do Cidadão e coordenador da força-tarefa, José Eduardo Sabo, avalia que esses profissionais estão particularmente expostos e devem receber atenção específica. “Nosso principal objetivo é proteger a saúde dos trabalhadores e de todos os usuários do sistema de transporte. Dessa forma, são necessários o planejamento e a adoção de ações para reduzir a contaminação e preservar a saúde.”, afirmou.

A Secretaria de Saúde tem 72 horas para apresentar ao MPDFT informações sobre quando e como os testes estarão disponíveis.

Estudo sobre transporte na pandemia

Na última semana, a força-tarefa encaminhou à Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) sugestões para a operação do transporte público a partir da reabertura das atividades socioeconômicas. O objetivo principal é proteger funcionários e passageiros. As instruções incluem o gerenciamento da demanda para evitar superlotação, o treinamento de colaboradores na limpeza de superfícies, o uso de equipamentos de proteção, o isolamento de motoristas e cobradores, o distanciamento entre passageiros e o aumento na frequência dos veículos, entre outras medidas.

O estudo foi elaborado pelo Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), parceiro do projeto “Como anda meu ônibus?”. As sugestões foram elaboradas com base nas medidas tomadas em países que enfrentam o desafio da pandemia há mais tempo, por meio da análise de artigos que discutem diferentes experiências na área de transporte público. Também foram usadas informações obtidas por meio do projeto “Como anda meu ônibus?”.(Com informações MPDFT)

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