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GDF lança licitação para reconstrução do viaduto que desabou no Eixão Sul

Governo prevê gastos de R$ 12,9 milhões; expectativa é de que obra seja concluída em cinco meses

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GDF afirma que mudança no desenho original foi motivado por aspectos econômicos, ambientais e de segurança (foto: Dênio Simões/Agência Brasília)

Após seis meses de espera —  quando o viaduto sobre a Galeria dos Estados, no Eixão Sul —, o governo do Distrito Federal lançou nesta sexta (3) o edital com as regras para a licitação que vai contratar a empresa ou consórcio que fará a reforma da edificação.

De acordo com a publicação do Diário Oficial do DF, a obra deve custar aproximadamente R$ 12,9 milhões. Anteriormente, a expectativa é de que a intervenção custasse R$ 15 milhões aos cofres públicos. No edital consta ainda o prazo de execução das obras de cinco meses.

Em março deste ano, o GDF decidiu demolir as quatro faixas do viaduto que não desabaram, após voltar atrás da decisão de apenas fazer uma restauração com a estrutura que ainda permanecia em pé, sem a necessidade de demolição completa. A primeira decisão ia contra o laudo da Universidade de Brasília (UnB) que recomendava exatamente a demolição.

O imbróglio sobre a demolição do viaduto do Eixão Sul ganhou um novo capítulo em maio, quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) barrou o projeto do GDF para reconstruir a estrutura. Segundo o órgão, a proposta feria o tombamento de Brasília ao alterar a arquitetura original.

A sugestão do Iphan foi de que o tamanho dos pilares diminuísse em relação ao apresentado no projeto. A dimensão, muito maior que a da construção original, era o principal motivo do órgão para rejeitar o projeto.

Em um primeiro momento, o governo argumentou que o projeto apresentado pelos engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) seguia questões de segurança, economia e meio ambiente. Segundo o Executivo, em 1950, as normas técnicas de segurança mudaram e as condições de trânsito eram outras.

Alguns dias depois, um novo projeto foi apresentado pelo GDF e aprovado pelo Iphan. Para atender aos ajustes solicitados pelo instituto, o governo fez readequações no desenho dos pilares para deixá-lo mais próximo possível ao original.

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