Celina Leão inaugura núcleo de atendimento do programa Direito Delas
Iniciativa conta com 10 espaços no Distrito Federal voltados a oferecer atendimentos sociais, psicológicos e jurídicos a vítimas de violência doméstica e familiar
Uma escuta ativa e um olhar qualificado. Esse é o cuidado que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem com as vítimas diretas e indiretas de violência doméstica e familiar. Reforçando esse compromisso, a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus-DF) inaugurou nesta terça-feira (24) um novo núcleo de atendimento do programa Direito Delas, desta vez em São Sebastião.
O novo espaço está localizado na administração regional da cidade e oferece atendimentos sociais, psicológicos e jurídicos às vítimas. Os acolhimentos são gratuitos, sem necessidade de comprovação de renda.
Com a unidade de São Sebastião, o Direito Delas passa a contar com 10 núcleos de atendimento distribuídos pelo Distrito Federal. Os outros nove estão no Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e Estrutural.
Para a vice-governadora do DF, Celina Leão, a inauguração deste núcleo representa mais proteção e acolhimento, além de garantir que os direitos das pessoas afetadas por violência sejam respeitados.
“Temos uma grande preocupação com a segurança de todas as pessoas e atuamos em uma ampla frente para prevenir a violência doméstica e garantir que quem já foi vítima não volte a ser. É um trabalho que já está dando frutos em todo o Distrito Federal. A violência contra a mulher é um problema de toda a sociedade e todos precisam combatê-la”, reforçou a vice-governadora.
Com uma nova identidade visual, o Direito Delas foi lançado em novembro do ano passado. Ao todo, foram realizados 4.066 atendimentos distribuídos em todos os espaços do programa, sendo 3.768 deles feitos apenas neste ano.
“O ‘Direito Delas’ é o direito de todas as pessoas romperem com o ciclo da violência, viver sem a violência, e a gente tem espalhado nossos núcleos em todo o Distrito Federal para poder dar suporte não só às mulheres que estão em situação de violência doméstica, mas também à pessoa idosa”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
“É através desse espaço acolhedor, com profissionais capacitados para fazer uma escuta qualificada, que essas pessoas se sentem à vontade. O Estado está aqui para proteger todas as pessoas que estão em situação de violência.”
A partir do atendimento nos núcleos do Direito Delas, as vítimas podem ser encaminhadas para outros programas, como o Policiamento de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), da Polícia Militar do DF, e o Copom Mulher, que oferecem atendimento especializado.
“A PMDF tem uma integração com o GDF. Nós temos esse trabalho de aproximação por meio de iniciativas como o Provid e o Copom Mulher. Então, por meio dos núcleos, a vítima apresenta uma demanda e o núcleo faz o contato conosco para que possamos realizar esse atendimento com a nossa equipe”, explica a comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Barros Habka.
Esse trabalho evidencia a rede integrada deste GDF para fornecer todo o suporte necessário às vítimas, como expõe a secretária da Mulher, Giselle Ferreira de Oliveira. “É mais um braço do Estado. A pauta da mulher é transversal. Acreditamos nessa rede de proteção. Quem cuida de uma mulher cuida da família, cuida de uma geração. Essa é mais uma política que veio a somar com os esforços que o governo tem feito nesse sentido”, diz.
Núcleos de atendimento
Podem ter acesso ao Direito Delas mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, vítimas de estupro de vulnerável, vítimas de crimes contra a pessoa idosa e seus familiares, e vítimas indiretas de feminicídio.
Já vítimas de estupro, roubos qualificados por restrição de liberdade, sequestro e cárcere privado, e vítimas indiretas de homicídio, latrocínio, de delitos relacionados à condução de veículos automotores que resultem na morte da vítima, e casos de desaparecimento de pessoas são atendidos no Centro Especializado de Atenção às Vítimas, no Fórum Desembargador Milton Sebastião Barbosa, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). (Com Agência Brasília)