Distrito Federal: Caesb descarta risco de racionamento
Brasília completa 143 dias sem chuva, mas os reservatórios estão com nível normal e não há risco de desabastecimento, diz a Caesb
O Distrito Federal completou 143 dias sem chuva, o que contribuiu para o aumento de 10% o consumo de água potável e reduziu significativamente o volume dos córregos e rios que abastecem a capital.
Mesmo após a cidade de Brazlândia ter seu fornecimento de água cortado, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) descarta qualquer risco de desabastecimento, informando que o volume dos reservatórios de Santa Maria e do Descoberto estão dentro do nível de normalidade para o período. Mas a companhia recomenda aos moradores que, “durante a seca, reforcem o uso consciente para não desperdiçar água potável para que a estiagem prolongada não prejudique o abastecimento de água nem provoque nova crise hídrica, como já ocorreu no passado”.
Com novos recursos, a companhia aumentou a capacidade de produção de água de quatro sistemas de abastecimento: Bananal, Lago Paranoá, Gama e Corumbá (GO). Juntos, o volume de produção passou de 9.630 litros por segundo, em 2016, para 12.612 litros por segundo. Apenas com o Sistema Corumbá, inaugurado em abril de 2022, a Caesb abastece com 1.400 litros/segundo 3 milhões de habitantes de cinco cidades da região Sul do DF: Santa Maria, Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Park Way.
Outros setores habitacionais da região Sul vão ser atendidos pela Subadutora de Água Tratada do Gama, que começou a ser construída em 2023. Essa obra irá interligar a rede de abastecimento dos três maiores sistemas do DF: Corumbá, Gama e Descoberto, reduzindo o uso do Sistema Santa Maria será reduzido.
Para interligar os sistemas, estão sendo implantados 26 km de rede com tubulação subterrânea ao longo da BR-251 e da DF-001, saindo do reservatório do Gama e chegando até os reservatórios do Lago Sul e do Jardins Mangueiral. Serão beneficiados diretamente 340 mil moradores do Setor Habitacional Tororó, Lago Sul, São Sebastião e Jardim Botânico, incluindo o loteamento Aldeias do Cerrado. O investimento é de R$ 96 milhões. (Com Caesb)