GDF investe R$174 milhões para resolver alagamentos na Asa Norte
O Drenar DF saiu do papel em janeiro deste ano para sanar antigos problemas de inundação em áreas críticas da Asa Norte
Um novo projeto de drenagem de Brasília atingiu nesta semana um marco importante. Por debaixo da terra, os túneis do Drenar DF já alcançaram 3,6 km de um total previsto de 7,68 km. O trabalho subterrâneo, no método tunnel liner, evita transtornos para os moradores das regiões onde as obras são executadas.
Na superfície, a escavação da bacia de contenção que atenderá o programa, localizada na L2 Norte, está perto de ser concluída, faltando menos de 13 mil m³ para o fim.
“Estamos fazendo outras importantes obras de drenagem no Distrito Federal, como no Setor Policial Sul e em Taguatinga, na região da Avenida Hélio Prates” disse p governador Ibaneis Rocha.
O Drenar DF saiu do papel em janeiro deste ano, depois de duas décadas de espera, para sanar antigos problemas de inundação em áreas críticas da Asa Norte. O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 174 milhões na construção da nova rede de escoamento nas quadras iniciais do bairro, com tubulações saindo das proximidades do Estádio Nacional Mané Garrincha e descendo pela via L4 Norte, até chegar ao Lago Paranoá.
Na manhã desta sexta-feira, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, viu de perto o andamento das obras do Drenar DF. “A gente espera acabar com esse trauma grande a partir do próximo ano. E estamos fazendo outras importantes obras de drenagem no Distrito Federal, como no Setor Policial Sul e em Taguatinga, na região da Avenida Hélio Prates”.
O governador ressaltou que, desde o início das obras, nenhum acidente de trabalho foi registrado nos canteiros do Drenar DF. “As pessoas cavam aos poucos e, a cada 46 cm, colocam placas de aço para fazer a contenção da terra” disse o governador afirmando que o método utilizado na construção dos túneis é bastante seguro.
“A bacia de contribuição tem uma grande importância ambiental, porque garante que a água captada pelo Drenar DF deságue no Lago Paranoá com mais qualidade e menos velocidade” Izidio Santos, presidente da Terracap
A tecnologia usada no Drenar DF, chamada de tunnel liner, é um método não destrutivo que além de garantir a segurança dos operários, não causa transtornos à população. A escavação das galerias é feita pelo subterrâneo, a partir de poços de visita abertos na superfície, com profundidades que variam de 6 m a 22 m. A rede terá 104 dessas aberturas que permitem o acesso aos túneis. Deste total, 55 estão escavadas.
Presidente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), responsável pelo Drenar DF, Izidio Santos apontou que o tunnel liner permite que as obras da rede de escoamento respeitem o tombamento do Plano Piloto. A preocupação em não causar danos paisagísticos à cidade também está refletida na construção da bacia de contenção do programa.
Com a escavação da lagoa praticamente concluída, outras frentes de trabalho serão abertas. Plantio de grama, instalação de alambrados e construção de dissipadores de concreto para controlar a entrada e saída de água na bacia estão entre elas. As paredes laterais da bacia ainda serão reforçadas para evitar o processo de erosão provocado pelas chuvas.
Mesmo com a construção das novas galerias do Drenar DF, o antigo sistema de escoamento que atende a Asa Norte será mantido em funcionamento. O objetivo, de acordo com o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço, é potencializar a capacidade de drenagem da região.
“As águas captadas pela rede já existente serão descarregadas na nova em cinco pontos, um sangramento que vai aliviar o volume que corre pelas tubulações mais velhas”, explicou. “E o escoamento para as galerias do Drenar DF será feito por 274 novas bocas de lobo que serão construídas no trecho que vai do Estádio Mané Garrincha ao Setor de Embaixadas Norte.”