"Realizador"

Candidatos ao governo do DF lamentam a morte de Joaquim Roriz

Alberto Fraga, Ibaneis e Eliana Pedrosa cancelaram agendas de campanha; Rollemberg lamentou a perda de um "realizador"

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Ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz. Foto: EBC

Candidatos ao governo do Distrito Federal lamentaram nesta quinta (27) a morte do ex-governador Joaquim Roriz, que ocupou quatro vezes o mais alto cargo do Executivo do DF. Roriz faleceu após um choque céptico decorrente das complicações da infecção pulmonar. Ele estava internado há mais de um mês por causa de uma pneumonia.

Ibaneis Rocha

Em nota, Ibaneis Rocha (MDB) afirma que Roriz deixou “um legado que haverá de nos inspirar a reafirmar, a cada dia, o compromisso com o espírito público que nos anima.”  O candidato lembrou ainda da popularidade do ex-governador entre os brasilienses. “Aos familiares, deixo os mais sinceros pêsames, na certeza de que encontrarão conforto nas memórias de um homem que viveu plenamente o seu tempo”, conclui Ibaneis, que cancelou a agenda de campanha desta quarta.

Alberto Fraga

Alberto Fraga (DEM) também se manifestou sobre o falecimento e afirmou que o DF ficou órfão de um homem “que foi mais que um pai para todos nós”. O candidato ao Buriti declarou que, ao trabalhar com Roriz, aprendeu “que administrar e governar é ouvir o povo antes de definir qualquer prioridade”. Fraga também cancelou sua agenda de campanha.

 

Eliana Pedrosa

Para Eliana Pedrosa (Pros), “o Distrito Federal perdeu sua maior figura pública”. Em nota, a candidata afirma que Roriz “cuidou do povo com o coração no presente e os olhos no futuro” e que “ensinou a todos nós a sermos vermelhos, azuis, verdes e de todas as cores possíveis em uma democracia saudável e verdadeiramente republicana”. Ao cancelar sua agenda de campanha desta quarta, Eliana disse se sentir “pequena diante da grandeza da biografia e da sabedoria de Joaquim Roriz” e percebe “que agora é hora de silêncio”.

Rogério Rosso

Rogério Rosso (PSD) lembrou ter entrado na política motivado pelo ex-governador. O candidato ao governo do DF afirmou que o resultado do governo de Roriz “é a alegria que vemos nas pessoas quando caminhamos nas cidades e falamos dos bons tempos e da época de Roriz”.

“Governador Roriz sempre tinha uma palavra de amizade e carinho, e seu compromisso com o DF e com os mais humildes o fizeram o maior político de nossa cidade juntamente com JK. Hoje não iremos às ruas pedir votos”, concluiu Rosso.

Rodrigo Rollemberg

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou em nota oficial que Roriz representa a história do Distrito Federal e de sua consolidação como capital do país. Segundo Rollemberg, o ex-governador foi “um realizador, um homem com fortes laços com a população mais humilde e que soube ser visionário numa cidade idealizada por outros visionários, e construída por candangos pioneiros”.

“À Dona Weslian, suas filhas Liliane, Jaqueline e Wesliane, aos netos e aos milhões de brasilienses que sempre tiveram muito apreço e respeito ao ex governador, meus pêsames, minhas orações e as de Marcia para que consigam superar esse momento difícil”, concluiu o candidato à reeleição.

O GDF decretou luto oficial de três dias e abriu o Palácio do Buriti para uma despedida e homenagem ao ex-governador, caso a família desejar.

Trajetória política

Em 1978, Roriz foi eleito deputado estadual em Goiás; quatro anos depois assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Roriz governou o DF entre 1988 e 1990. Depois, ocupou o mesmo cargo em 1991, 1999 e entre 2003 e 2006. O ex-governador é considerado como um dos políticos mais populares do DF.

Suas gestões foram marcadas por grandes obras, previstas no plano original de Brasília, como o Museu da República e a Biblioteca Nacional, além da Ponte JK.

Em 2007, Roriz foi eleito senador, mas renunciou cinco meses depois para espacar de um processo de cassação ao ser apontado como beneficiário de cheques no valor de R$ 2,2 milhões, dados pelo fundador da GOL, Nenê Constantino.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o ex-governador foi gravado ao telefone em uma conversa com o ex-diretor do BRB Tarcício Franklin de Moura, negociando a destinação do dinheiro sacado em uma das agências do banco.

O caso ficou conhecido como o da “bezerra de ouro”, após Roriz afirmar que a quantia se referia à compra do embrião de uma bezerra de raça.

A carreira política de Roriz terminou em 2010, quando, ao tentar disputar o governo do Distrito Federal, teve a candidatura vetada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base na lei da Ficha Limpa.

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