Diretor-geral da Polícia Civil quer contratações, mas sem dinheiro, não há prazo
Para Seba, a preocupação no momento é com o baixo efetivo
A operação padrão dos policiais civis do DF, iniciada às 8h de ontem, acabou às 8h desta quarta-feira (27). Durante as 24 horas, os policiais atenderam apenas flagrantes e ocorrências criminais, além de outras determinações. Os agentes pedem o aumento do efetivo policial e melhores condições de trabalho.
Em entrevista ao programa Gente Brasília, na rádio BandNews FM, o diretor-Geral da PC, Eric Seba de Castro, afirmou que as demandas dos policiais já estão em processo de análise. Como, por exemplo, manter as centrais de flagrante somente com este fim. “Vai dar melhor atendimento e qualidade no serviço”, disse.
Em relação ao número mínimo de policiais nas diligências, que a categoria pede que sejam três, essa quantidade já é definida de acordo com as normas da entidade. No entanto, devido à falta de pessoal, nem sempre é possível cumpri-la. Segundo Seba, o efetivo não só vem diminuindo como envelhecendo. “O caso foi tratado de forma equivocada anos atrás e agora estamos sofrendo as consequências. Infelizmente acabou estourando no atual governo, que passa por uma crise”, explicou. Segundo ele, o governo está “sensível” a essa questão. “A ideia é contratar, mas precisamos contornar a questão financeira. Não se consegue fazer da noite para o dia.”
O diretor não deu prazo em relação a novas contratações e reclamou de um processo não cumprido na gestão anterior. “Em outubro foi encaminhado um processo para a contratação de concursados, mas não aconteceu. O processo estava pronto, havia dinheiro em caixa, mas mudaram a destinação. Houve algo criminoso”, lamentou.
Para Seba, a grande preocupação no momento é referente ao quantitativo e qualitativo. “Muitos poderiam estar em plantão, mas não concorrem às escalas. A área administrativa está bem enxuta. No fim de 2013, início de 2014, passamos por uma crise semelhante. Foi preciso pegar pessoas na atividade meio, administrativa, e passar para a atividade fim”, lembra. Segundo ele, uma das ideias seria enxugar agora a parte de investigação para reforçar o plantão. “Precisamos direcionar com cautela para não deixar as investigações a deriva”, completa.