Em 23 segundos

Vereadores de SP aumentam seus salários em 37%, para R$26 mil

Vereadores da cidade de São Paulo avaliaram como insuficientes seus salários de R$ 18,9 mil mensais

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Vereadores aumentaram em 37 por cento seus próprios salários em 23 segundos (Foto: Richard Lourenço/Rede Câmara SP)

Vereadores da cidade de São Paulo avaliaram como insuficientes seus salários de R$ 18,9 mil mensais e decidiram, por maioria e em votação única, aumentar seus salários em 37%. A decisão eleva para R$ 26 mil os salários de 35 integrantes da atual formação da Câmara Municipal que foram reeleitos e dos 20 novos integrantes, a partir do ano de 2025, quando inicia a nova legislatura.

Os eleitores paulistanos, recém saídos das urnas, ainda tiverem que assistir uma votação acovardada do projeto de resolução, aprovado em apenas 23 segundos, de modo simbólico, sem divulgação dos votos nominais.

O salário atual fixado em exatos R$ 18.991,68 passará para R$ 24.754,79, em 1º de janeiro de 2025, e salta para R$ 26.080,98, a partir de 1º de fevereiro. Os valores têm como referência os salários dos deputados estaduais paulistas, que fizeram o mesmo movimento de reajuste no apagar das luzes de 2022, quando aprovaram um aumento fracionado em quatro parcelas em seus vencimentos, que saltou de R$ 25.322,25 em dezembro daquele ano eleitoral, para R$ 34.774,64 a serem aplicados na fração final, em fevereiro de 2025.

O projeto de resolução para aumento dos salários dos vereadores foi proposto pela Mesa Diretora da Câmara de São Paulo, presidida pelo vereador Milton Leite (União). E foi promulgado logo após sua aprovação, porque não precisa ser sancionado pelo prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB).

A matéria com parecer favorável das comissões de Constituição e Justiça, de Administração Pública e de Finanças e Orçamento recebeu apenas sete votos contrários, no universo de 55 vereadores integrantes da maior Câmara Municipal do Brasil. Votaram contra, toda bancada do PSOL,: Celso Giannazi, Elaine do Quilombo Periférico, Luana Alves, Professor Toninho Vespoli, Sílvia da Bancada Feminista, mais o vereador Fernando Holiday (PL) e a vereadora Jussara Basso (PSB). E houve a abstenção da vereadora Luna Zarattini (PT).

A Presidência da Câmara alegou, em nota, que o último reajuste aprovado em plenário aos vereadores de São Paulo ocorreu em dezembro de 2016, desde quando não houve correção salarial. E ainda ponderou que o reajuste foi aprovado em patamar menor que o da inflação acumulada de janeiro de 2017 a outubro de 2024, que foi de 47,34%. E ainda justificou a legalidade do aumento, por respeitar o teto de 75% do subsídio dos deputados estaduais, previsto na Constituição Federal.

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