Novo solavanco na estatal

Tereza Cristina critica briga do PT na Petrobras, gerando danos bilionários

Senadora critica novo solavanco na maior estatal do Brasil, alvo de instabilidade e prejuízos por disputa petista pelo comando da petrolífera

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Ex-ministra Tereza Cristina (MS), líder do Partido Progressistas (PP) no Senado - Foto: José Cruz/ ABr.

A senadora bolsonarista Tereza Cristina (PP-MS) criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) por insistir em ser a origem do novo solavanco que volta a atingir o mercado e a maior estatal do Brasil. Para a ex-ministra de Agricultura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o partido do presidente Lula volta a mostrar que contraria os interesses do Brasil, ao ameaçar a permanência de Jean Paul Prates no cargo de presidente da Petrobras.

Líder do Progressistas no Senado, Tereza Cristina condenou a crise gerada pela “briga fraticida” petista, no seio do governo, que causa instabilidade e prejuízos à petrolífera pública, mesmo sendo a principal acionista da Petrobras.

A estatal vive um duelo entre Prates, o Conselho de Administração da Petrobras e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Disputa que já levou Lula a sondar o presidente do BNDES e ex-ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para assumir o comando da petrolífera que já sangrou bilhões de seu patrimônio, no maior escândalo de corrupção combatido pela hoje combalida Operação Lava Jato.

“Mais solavancos na Petrobras e no mercado. E quem novamente causa instabilidade e prejuízos à nossa maior estatal é próprio governo, seu maior acionista. Não deveria ser exatamente o contrário? Sim, mas o que estamos vendo é mais uma briga fratricida no PT. Como sempre, o partido acima do país”, publicou Tereza Cristina, em seu perfil da rede social X.

Histórico de prejuízos

Em seu primeiro ano de volta à tutela do PT, a Petrobras registrou queda de 33,8% em seu lucro líquido, em 2023, em relação ao último ano sob o governo de Bolsonaro. A diferença foi de 63,7 bilhões de lucros a menos.

Ainda em setembro de 2023, a fuga de investidores gerou uma perda de R$ 31 bilhões para o próprio governo, que é principal acionista da estatal, após a gestão comandada por Lula decidir cortar em 64,9% a distribuição dos lucros aos acionistas.

Em fevereiro deste ano, a estatal perdeu R$ 30 bilhões em valor de mercado, por causa das dúvidas sobre a distribuição dos seus dividendos.

Em 2015, ainda sob o quarto governo consecutivo do PT, antes do impeachment de Dilma Rousseff, a Polícia Federal divulgou a estimativa de que a corrupção causou prejuízos de R$ 42,8 bilhões na Petrobras. No mesmo ano, a estatal divulgou em seu balanço oficial um rombo de R$ 6,2 bilhões, o que foi seu primeiro prejuízo anual desde 1991.

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