Cores criminalizadas

STF desmente guia que diz ter sido barrada por vestir verde e amarelo

Marcel van Hattem diz que, usando boné do MST, funcionária seria recebida para cafezinho. STF nega ter barrado a guia

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Guia turística alerta que camisa do Brasil impede aproximação do STF. Foto: Reprodução X

O deputado federal Marcel van Hatten (Novo-RS) divulgou a denúncia de uma guia turística profissional de Brasília que afirma ter sido barrada por estar vestida com camisa que fazia referência à bandeira do Brasil, ao tentar se aproximar da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), para acompanhar seus clientes. O parlamentar ironizou o suposto veto do STF à camisa do Brasil, sugerindo que, se a guia colocasse um boné do MST (Movimento Sem Terra), seria capaz de ser convidada pra tomar um cafezinho. O STF nega ter barrado a guia turística, em nota publicada no final desta matéria.

Em vídeo publicado pelo administrador de empresas e diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, a guia turística que não tem seu nome divulgado afirma ter sido impedida, pela primeira vez em 16 anos de atuação profissional, de levar turistas até a escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, em frente ao prédio do Supremo, por estar com a blusa com a bandeira do Brasil.

“Estou em estado de choque. Nunca vi isso acontecer na vida; eu não poder usar uma camisa com a bandeira do Brasil. A nossa camisa não tem conotação política, existe há muitos anos. E eu quero deixar registrada a minha tristeza com essa situação. Eu, como profissional de turismo em Brasília, não estou podendo acompanhar os meus turistas, porque estou com a camisa do Brasil. […] Você, quando vier a Brasília, saiba que não pode mais usar a camisa do Brasil, porque alguma autoridade determinou”, relatou a guia turística, ao informar que seus clientes foram autorizados à fotografar próximo ao símbolo do Judiciário.

STF Nega

O Diário do Poder enviou o relato da guia turística à Coordenadoria de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social do STF, questionando se há proibição de acesso ao STF de pessoas vestidas com camisas em referência o Brasil e qual seria a justificativa oficial para o eventual veto. Mas não recebeu respostas, até a noite da segunda-feira (28), quando enviou link para o esclarecimento em que negou ter barrado a guia turística.

Veja a nota:

Um vídeo que circula nas redes sociais e no qual uma guia turística diz que foi impedida de acompanhar seus clientes em visita ao STF por estar trajando seu uniforme costumeiro, nas cores verde e amarelo, traz alegações falsas.

A verdade é que para acessar a área circundada pelos gradis é necessário agendar uma visita ao Supremo. O Tribunal, assim como qualquer local público de uso especial, tem regras de acesso. Mas não houve qualquer impedimento para a profissional registrar fotografias do lado externo do gradil.

No dia, uma quarta-feira, ocorria sessão plenária no plenário do Supremo. Caso quisesse assistir à sessão plenária, haveria necessidade de uso de traje social.

A visitação ao Palácio do STF ocorre em 4 horários, sendo que, nos dias de sessão Plenária, elas ocorrem apenas no turno da manhã.

Informações adicionais sobre visitação

#VerdadesdoSTF

O STF alerta para a importância de não repassar informações publicadas em locais não confiáveis e com dados alarmistas ou teorias conspiratórias.

Para conscientizar a sociedade sobre a importância do papel de cada um para evitar a propagação de notícias falsas sobre o STF e seus ministros, o Supremo Tribunal Federal lançou a série #VerdadesdoSTF, na qual informações falsas ou deturpadas atribuídas à Corte e aos seus ministros são objeto de correção. Clique para ver o site.

Veja a denúncia e a reação do deputado:

 

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