A pedido do Brasil

Polícia da Argentina prende 1º foragido condenado pelo 8/1 no país

Joelton Gusmão de Oliveira foi preso em La Plata pela Polícia da Província de Buenos Aires

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Joelton Gusmão de Oliveira foi preso pela polícia argentina em La Plata (Foto: Reprodução)

A Polícia da Província de Buenos Aires prendeu, ontem (14), em La Plata, Joelton Gusmão de Oliveira, primeiro brasileiro a ser detido na Argentina por ter sido condenado pelos ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Segundo a versão oficial da ocorrência, o foragido sentenciado com pena de 17 anos de prisão foi abordado pela polícia argentina por demonstrar “atitude suspeita” e ter sido identificado um mandado de prisão no sistema judicial do país, relativo à condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.

Alvo de um dos mais de 180 pedidos de extradição enviados pelo governo de Lula (PT) ao governo de Javier Milei, Joelton foi condenado pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

A CNN Brasil divulgou uma versão diferente sobre a prisão do condenado, relatada por sua filha, Agnes. Segundo o foragido teria ido renovar sua residência provisória em um departamento da Imigração de La Plata, quando foi advertido que teria de prestar depoimento sobre um pedido para extraditá-lo.

“Ele foi levado para prestar depoimento e foi detido, o que é irregular. Levaram ele sem um intérprete e não deixaram o advogado ter acesso a ele. Ele foi preso sem nenhuma justificativa. Não fomos informados do motivo, e a prisão ocorreu quando foi se apresentar [para renovar a documentação] como comumente fazia”, disse a filha de Joelton.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator das ações penais dos ataques que destruíram as sedes dos Três Poderes no ano passado, determinou, no mês passado, a extradição de 63 brasileiros considerados foragidos da Justiça do Brasil pelos crimes cometidos no 8 de Janeiro. Maioria das determinações resultou em pedidos já entregues pela embaixada brasileira à diplomacia da Argentina.

 

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