'Não à perseguição'

Nunes repudia proposta de Genoíno de boicotar judeus: ‘É inaceitável’

Prefeito de São Paulo repudiou sugestão de ex-presidente nacional do PT contra empresas de judeus e ligadas a Israel

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Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). (Foto: Alesp).

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), repudiou, nesta segunda-feira (22) a sugestão do ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, de estabelecer boicote a empresas de judeus no Brasil, como resposta ao abaixo-assinado de empresários contra apoio do governo de Lula (PT) à investigação de Israel por genocídio contra palestinos na guerra contra terroristas do Hamas em Gaza.

“Enquanto celebramos o Combate à Intolerância Religiosa, repudio veementemente qualquer forma de ataque ou discriminação. Em São Paulo, defendemos a coexistência pacífica de todas as comunidades. A proposta de boicote às empresas de judeus é inaceitável; não à perseguição e não à divisão. Aqui, promovemos a união”, disse Nunes, em suas redes sociais.

Nunes sofreu importante baixa em sua campanha à reeleição, após articulação petista garantir a saída da ex-prefeita Marta Suplicy de sua pasta de Relações Internacionais, para ser vice do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). E rebateu as declarações dadas pelo ex-deputado do PT paulista durante uma live, no sábado (20), na qual ainda sugeriu que o Brasil encerrasse relações comerciais do com o estado de Israel, nas áreas militar e da segurança.

“Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que fere o interesse econômico, é uma forma interessante. Inclusive ter esse boicote a determinadas empresas de judeus. Há por exemplo boicote a empresas vinculadas ao estado de Israel. Inclusive eu acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais na área da segurança e na área militar com o estado de Israel”, declarou Genoíno.

Antissemitismo é crime, e nazismo fez boicote

A sugestão do petista que já foi condenado por corrupção no caso do mensalão foi classificada como uma fala antissemita, inclusive pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), que destacou que o antissemitismo é crime no Brasil.

“O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, disse a Conib, na nota.

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