Redes silenciadas

Musk acusa concorrentes do X de acatarem censura política de Moraes

Controlador da rede social que pode ser suspensa no Brasil sugere que outras plataformas cumprem ordens ilegais de censura

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Charge sugere que ministro Alexandre de Moraes atinge X e preserva demais redes silenciadas (Foto: Reprodução/X @cb_doge)

Na expectativa de ter sua rede social suspensa por determinação judicial no Brasil, o controlador do X, Elon Musk, acusou, nesta sexta (30), plataformas digitais concorrentes de estarem “silenciosamente cumprindo exigências ilegais de censura política” que atribui ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Ao reforçar ataques ao ministro com termos como “ditador maligno” e ainda comparando o magistrado ao vilão do cinema “Voldemort”, Elon Musk direcionou críticas ao Facebook, Instagram e YouTube, sugerindo uma suposta conivência com a censura no Brasil.

“Outras plataformas no Brasil estão silenciosamente cumprindo as exigências ilegais de censura política do Ditador de Voldemort”, escreveu Elon Musk no X, ao republicar charge sobre Moraes arrombando porta do X e preservando outras redes sociais.

“Por que Alexandre de Moraes ataca apenas X quando o Brasil tem muitas outras redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube? Isso significa que todas as outras plataformas estão cumprindo suas ordens ilegais de censura?”, foi o questionamento da postagem do perfil DogeDesigner, respondido por Musk.

A crítica de Musk ocorre após descumprimentos de decisões contra conteúdos considerados ilegais publicados no X terem resultado na iniciativa de Moraes ameaçar suspender a rede social no Brasil, caso a empresa e seu acionista majoritário não indiquem um representante legal em território nacional, para a devida responsabilização legal.

Investigado

A decisão de Moraes, de quarta-feira (28), deu 24 horas para o X indicar o representante da rede social sob pena de bloqueio geral “até que as ordens judiciais sejam efetivamente cumpridas e as multas diárias quitadas”. E o STF informou em nota à imprensa que a advogada constituída nos autos do processo também foi intimada, em 18 de agosto, a apresentar as informações requeridas na mesma intimação exposta no X.

“Musk é investigado no Inquérito (INQ) 4957, que apura a suposta prática dos delitos de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime”

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