Epidemia

Mortes por dengue em São Paulo dobram para 28, em três dias

Secretaria de Saúde de São Paulo contabiliza sete mortes a menos que as confirmadas pelo Ministério da Saúde

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Mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue. (Foto: EBC).

Os casos de dengue no estado de São Paulo subiram de 82 mil para 99 mil e as mortes confirmadas causadas pela arbovirose saltaram de 14 para 28 vítimas fatais, em três dias. Os dados são do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, entre segunda (27) e ontem (30).

No Brasil, o total de casos prováveis da doença passou de 139 mil para 169 mil. E o número de vítimas fatais por dengue aumentou de 21 para 37 mortes, em 72 horas.

Já os óbitos em investigação no Brasil saltaram de 160, na segunda, para 200, ontem. Sendo 138 destas vítimas fatais do estado de São Paulo.

O Ministério da Saúde conclui que o avanço do número de casos está ligado à circulação do sorotipo 3 da dengue, que aumenta desde julho de 2024. “Segundo o secretário adjunto da SVSA [Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente], essa variante do vírus tem sido determinante no aumento do número de infecções, especialmente em São Paulo e, em menor escala, no Paraná.”, explicou a pasta.

Conflito de dados

A Secretaria de Saúde de São Paulo contabiliza sete mortes a menos que os óbitos confirmados pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), foram 21 mortes por dengue, das quais 11 tiveram como vítimas pessoas com mais de 65 anos. O governo paulista indica 102 mil casos prováveis, com 45 mil já confirmados.

O quadro de epidemia levou ao aumento de 37 para 44 municípios paulistas que decretaram estado de emergência pela dengue, desde segunda-feira. E indica a chance de maior articulação das prefeituras junto aos governos federal e estadual, que instalaram centros de vigilância contra a dengue, desde os respectivos dias 9 e 23 de janeiro. (Com ABr)

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