Avança na Câmara

Leite promete luta contra fim de casamento homoafetivo: ‘todos são iguais’

Primeiro governador a se declarar gay do Brasil considera absurda a aprovação de projeto em comissão da Câmara dos Deputados

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Governador Eduardo Leite (PSDB), acompanhado de seu namorado Thalis Bolzan, em evento do governo gaúcho. (Foto: Mauricio Tonetto/Palácio Piratini)

Primeiro governador a se declarar gay no Brasil, o chefe do Executivo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), considerou absurdo o avanço do projeto que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovado ontem (10), pela maioria dos deputados na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados. Para o governador gaúcho, esqueceram de ler a Constituição Federal.

“Os deputados que absurdamente aprovaram em uma comissão da Câmara o fim do casamento homoafetivo no Brasil esqueceram de ler a Constituição: ‘todos são iguais perante a lei’. Tenho convicção de que a proposta será derrubada nas demais comissões do parlamento. Lutaremos para isso”, declarou Leite, em suas redes sociais.

O governador gaúcho namora há mais de dois anos o médico pediatra capixaba Thalis Bolzan, convivendo a distância, já que o primeiro-cavalheiro do Rio Grande do Sul vive em São Paulo. Leite foi alvo de campanha homofóbica nas eleições de 2022, com provocações de que o Estado não teria “primeira-dama de verdade”, com sua eleição. Ataque respondido no dia da posse, quando o governador afirmou que terá ao seu lado, não uma primeira-dama, mas uma pessoa de verdade.

Aprovado com placar de 12 votos a cinco, a proposta de autoria do ex-deputado Capitão Assumção (ES), o PL 5167/09, tramita apensado ao Projeto de Lei 580/07, do ex-deputado Clodovil Hernandes (SP), já falecido. E ainda será apreciada pelas comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; e de Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara. Se aprovada em Plenário, ainda seguirá para o Senado.

 

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