'Ódio, não. Revolta'

Irmão de Eduardo Campos cita cartas psicografadas com pistas de sua morte

Antônio Campos diz que usa pistas de duas cartas mediúnicas em pedido para reabrir caso de queda de avião do presidenciável em 2014

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Eduardo Campos morreu em queda de avião, em Santos, quando disputava Presidência da República, em 2014. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).

Em publicação em suas redes sociais, Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, disse que usou pistas de duas cartas mediúnicas em seu pedido para que a Justiça determine a reabertura do inquérito policial para investigar a morte do então candidato a presidente da República do PSB, em queda de avião em Santos, em 2014. A postagem remete a uma outra carta publicada em agosto como psicografadas por Eduardo Campos, na qual ele afirmaria: “Não guardo ódio, mas, sim, ainda, revolta”, ao citar ter aprendido nos meios espirituais que, nem sempre, o livre arbítrio para matar faz parte da lei divina. Assista ao fim da matéria.

Na carta mediúnica citada por Antônio Campos, o político desencarnado estaria lançando “um olhar de piedade aos [seus] falsos amigos, traidores que foram” e avisando que os ajudará a “resgatá-los da tenebrosa esfera de dor que os aguarda”.

O advogado Antônio Campos ressalta que o pedido que tramita em segredo de Justiça e aguarda parecer do Ministério Público, em Santos, não se baseia nas cartas mediúnicas e tem como base o parecer técnico do perito Carlos Camacho, com 246 páginas, entre outros elementos.

“Não se baseia em cartas mediúnicas, que uma delas estamos publicando. Acontece, que duas delas nos deram algumas pistas, não sendo essa que estamos publicando agora. Usamos as pistas e não as cartas”, diz Antônio Campos, em sua publicação no Instagram.

Ao citar as pistas mediúnicas das cartas atribuídas ao ex-governador, o irmão de Eduardo Campos cita o famoso o caso de Iara Marques Barcelos, inocentada com a carta psicografada pelo médium Chico Xavier, há 14 anos, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), da acusação de ser mandante da morte de seu marido tabelião Ercy da Silva Cardoso, assassinado em julho de 2003, em Itapuã.

Antônio Campos lembra que sua petição foi protocolada em 11 de agosto e, até despacho do Juízo competente, tramita em segredo de justiça “para não dificultar as diligências necessárias e urgentes para o caso a serem determinadas pela Justiça”. E diz que o pedido expõe “as deficiências do inquérito policial anterior e o do CENIPA, conforme permite a legislação penal, especialmente o Art. 18 do Código de Processo Penal, cujo arquivamento não faz coisa julgada material”.

Ouça a carta psicografada de Eduardo Campos, citada pelo seu irmão:

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