Ex-auxiliar de Almeida cai acusado de assédio moral
Claudio Augusto Vieira era secretário de Defesa da Criança no governo Lula
A edição de hoje (19) do Diário Oficial da União (DOU) expôs o desfecho de mais um escândalo de assédio no Ministério dos Direitos Humanos, ao publicar a exoneração do secretário nacional Defesa da Criança e do Adolescente, Claudio Augusto Vieira da Silva. Após duas semanas da queda do ex-ministro Sílvio Almeida por denúncias de assédio sexual, seu ex-auxiliar caiu por acusações de servidores de que Claudio Augusto teria praticado 14 tipos de assédio moral, de forma sistemática.
Entre as práticas de extrema gravidade denunciadas por servidores da secretaria, estariam: controle doentio da maioria da equipe; “brincadeiras” preconceituosas e pejorativas, sobretudo contra as mulheres; e transformar o ambiente em “opressor e enfermiço”, conforme denúncias de vítimas divulgadas pelo site Brasil de Fato.
O site de notícias já havia divulgado ainda relatos de servidoras sobre: “ameaças públicas de exoneração, constrangimento e desqualificação de funcionários em reuniões, negativa do direito a férias e demissões surpresa, e críticas às mulheres que gozavam de licença-maternidade.
Além de questionamento, durante férias, sobre a liberação do período de descanso remunerado, com ameaça de abrir processo administrativo para apurar a suposta irregularidade na concessão das férias.
O Diário do Poder não conseguiu contato com o ex-secretário e mantém aberto o espaço para que exponha sua defesa.
Queda de ex-ministro
O ex-ministro Sílvio Almeida foi demitido no dia seguinte ao início das investigações da PF sobre denúncias de assédio sexual relatadas por mulheres, que incluem entre as denunciantes a ministra da Igualdade Social Anielle Franco.
O ex-ministro nega ter assediado as denunciantes, afirma ser o maior interessado em provar sua inocência e pediu a exposição das acusações para que possa exercer seu direito de defesa.