Ministra interina

Esther Dweck substitui ministro acusado de importunação sexual

Comando interino de ministra ocorre após secretária nº 2 da pasta se demitir em solidariedade a Sílvio Almeida

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Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, acumula comando dos Direitos Humanos (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Após pedido de demissão de uma sucessora natural no Ministério dos Direitos Humanos, o presidente Lula (PT) nomeou a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck para assumir interinamente a vaga do ex-ministro Sílvio Almeida, demitido ontem (6), por acusações de assédio sexual e moral, que ele nega ter ocorrido.

Dweck acumulará funções nas duas pastas, até que o presidente da República substitua definitivamente Almeida por, provavelmente, outra mulher.

A demissão do ministro foi feita ontem pelo presidente, com atraso, após conversas com o ministro sobre casos de assédio sexual denunciados, e que inclusive teve a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como denunciante.

Silvio Almeida afirmou ter pedido para ser demitido, contrariando o ato oficial que não expõe que a exoneração foi a pedido.

O ex-ministro recebeu apoio público da sua secretária-executiva na pasta, Rita Cristina de Oliveira, número 2 na hierarquia, que se demitiu publicando vídeo em homenagem a Silvio Almeida. “Eu nunca vou soltar sua mão. Lealdade, respeito e admiração eternos”, escreveu Rita, no Instagram.

Antes de demitir Almeida, Lula disse que soube na quinta (5) das denúncias contra Almeida enviadas à ONG Me Too Brasil. Mas somente ontem, após a repercussão do escândalo por meio da imprensa, sinalizou publicamente ter iniciativa de apurar rigorosamente o caso, acionando a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da República e o Ministério Público e a Comissão de Ética da Presidência da República. Mas ponderou que Sílvio Almeida terá direito à defesa e presunção de inocência.

A Coluna Cláudio Humberto deste sábado destaca que o Planalto sabe de tudo desde 2023, segundo fontes do governo de Lula.

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