Esquema desviou R$ 1 milhão de quentinhas para hospital da Paraíba
Contratos suspeitos investigados já consumiram R$ 8,6 milhões enviados ao Hospital de Clínicas de Campina Grande
A Operação Marasmo, deflagrada nesta sexta-feira (24), cumpre oito mandados de busca e apreensão na maior cidade do agreste paraibano, para encontrar provas e combater um esquema criminoso que causou prejuízo de mais de R$ 1 milhão de recursos federais desviados de contratos para compra de refeições prontas para alimentar pacientes, funcionários e acompanhantes do Hospital de Clínicas de Campina Grande (HCCG), gerido pelo Governo do Estado da Paraíba, comandado pelo governador de esquerda João Azevedo (PSB).
A 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande mandou bloquear R$ 3 milhões em bens dos investigados, para mitigar danos aos cofres públicos, em contratos suspeitos que já consumiram mais de R$ 8,6 milhões em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os mandados judiciais resultam de investigação solicitada pela Superintendência de Polícia Federal na Paraíba à Controladoria-Geral da União (CGU), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF).
“Os fatos constatados sinalizam para fuga ao dever de licitar por meio de contratações diretas, dispensas de licitação e de termos de ajuste de contas (pagamentos sem cobertura contratual), com favorecimento de empresa e preços acima dos praticados em procedimento licitatório realizado para objeto semelhante. Os indícios apontam para um prejuízo potencial superior a R$ 1 milhão”, diz a CGU.
O órgão de controle federal afirma ainda que sua atuação conjunta com a PF e o MPF contribuirá não apenas para interromper os delitos que lesam o patrimônio público, mas também visa identificar fraudes que comprometem a eficiência do atendimento aos paraibanos, para garantir melhorias para a política pública de assistência à saúde.
O Diário do Poder solicitou posicionamento do Governo da Paraíba e aguarda o envio de sua defesa sobre as investigações de desvios de dinheiro público no hospital público de grande relevância para a população de Campina Grande (PB) e região do agreste paraibano.