Em governo que admite ‘Estado de máfia’, ministro critica Tarcísio por PCC
Titular da pasta do Trabalho e Emprego de Lula critica violência em SP após facção matar no maior aeroporto do Brasil
Em uma daquelas tentativas da esquerda de “lacrar” se aproveitando da repercussão de um problema de impacto negativo para rivais de direita, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, arvorou-se em jogar no colo do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Repúblicanos) a responsabilidade pelo assassinato de um homem com elo com a facção PCC, no maior aeroporto do Brasil, na tarde de ontem (9), em Guarulhos (SP). O ataque pareceu evidenciar um eventual lapso de memória de Marinho sobre ele mesmo integrar o governo de Lula (PT), cujo titular da pasta nacional de Segurança Pública já admitiu que o Brasil convive com um “Estado de máfia” instalado como poder paralelo.
“A segurança em São Paulo é bem diferente daquela que o Governo de São Paulo tentar vender em sua propaganda. Os paulistas vivem com medo. Medo do crime organizado, dos roubos de automóveis e celulares, do assédio às mulheres no transporte coletivo, do feminicídio”, disse Marinho, em suas redes sociais, na noite de ontem.
A fala oportunista de Marinho não se aprofunda nas críticas da oposição à recém anunciada proposta de emenda constitucional para a Segurança Pública, apresentada pelo Ministério da Justiça e já apelidada de PEC da Insegurança pela falha crucial de não focar no combate às organizações criminosas como ponto central de combate à violência no Brasil.
O ministro palpiteiro de Lula também não cita que o próprio secretário nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, admitiu que o país já se encontra em um “Estado de máfia”.
Antes de ser criticado por Marinho, o governador já havia se manifestado expondo indícios de que a ação criminosa que vitimou Antonio Vinícius Lopes Gritzbach, no Aeroporto de Guarulhos, está associada ao crime organizado. E reformou seu compromisso em investigar e punir os responsáveis pelo crime e seguir combatendo o crime organizado.
“Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem” escreveu Tarcísio, nas suas redes sociais.
Gritzbach seria um corretor de imóveis que já havia sido jurado de morte e sequestrado pelo PCC, por uma suposta delação que havia feito contra a facção.