Dino aciona PF em caso de execução de irmão da deputada Sâmia Bomfim
Ministro da Justiça justifica federalizar investigação sugerindo relação do crime com atuação da deputada e de seu marido deputado Glauber Braga, ambos do PSOL
O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou na manhã desta quinta-feira (5) sua determinação para que a Polícia Federal (PF) ingresse nas investigações do ataque de criminosos que executaram três médicos, na madrugada de hoje. A federalização do caso foi justificada pelo fato de um dos assassinados, Diego Rauf Bomfim, ser irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que é esposa do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).
A indicação da possibilidade de motivação política, pela “hipótese de relação [do crime] com a atuação de dois parlamentares federais” foi levantada pelo ministro, ao decidir mandar a PF acompanhar as investigações já iniciadas pela polícia fluminense.
A Polícia Civil de São Paulo também teve a iniciativa de enviar investigadores do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para auxiliar nas investigações, pela relação familiar do deputado paulista com Diego Bomfim, executado junto com colegas ortopedistas Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida, por criminosos que desceram de um carro branco, em frente ao hotel em que estavam hospedados para participar de congresso de ortopedia.
Dino detalhou que conversou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), informando que a Polícia Civil fluminense já realiza diligências investigatórias; assim como a PF. E divulgou que o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, irá ao Rio e fará reunião com a direção da PF e com o governo estadual. Enquanto o ministro manteve sua agenda para reforçar ações na Bahia.
Ao antecipar providências iniciais imediatas, antes de analisar juridicamente o caso, Dino prestou solidariedade ao casal de parlamentares e aos seus familiares. O presidente Lula (PT) também solidarizou-se e demonstrou ” grande tristeza e indignação a notícia da execução” dos médicos.