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CPMI esconde ex-chefe da Força Nacional e vota relatório dia 17

Continuará sem explicação a paralisia dos soldados da FNS no dia 8

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Presidente da CPMI do 8 de Janeiro Arthur Maia (União-BA) lamentou rejeição de depoimento de ex-chefe da Força Nacional (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Foi derrotada, nesta terça-feira (3), a ideia da oposição de convocar para a CPMI do 8 de Janeiro o ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional, coronel Sandro Augusto Sales Queiroz. Por 14 votos a 10, foi rejeitado o requerimento para a convocação do oficial que explicaria como atuaram os seis pelotões da Força Nacional, no dia do ataque às sedes dos Três Poderes, em ato contra a eleição e posse do presidente Lula (PT). A CPMI deve votar seu relatório final no dia 17 de outubro, com previsão de a oposição apresentar voto em separado, em alternativa ao parecer da relatora senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

A votação do requerimento foi marcada por intenso embate entre parlamentares governistas e da oposição, após o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-AL), surpreender com a inclusão do requerimento do deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), extra-pauta, e insistir na votação.

Maia chegou a condicionar que, somente após sua aprovação, colocaria em votação os requerimentos de governistas para convocar ex-comandantes das Forças Armadas do governo de Jair Bolsonaro (PL), citados em suposta delação do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid, que teria relatado um plano de golpe.

“Apesar do nosso esforço, o requerimento de convocação do comandante da Força Nacional no dia 8/Janeiro foi rejeitado, por 14 a 10. Lamento”, escreveu Maia, nas suas redes sociais, depois de ter sua atitude questionada pelos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), pela falta de acordo preliminar para votar o requerimento.

Parlamentares governistas defendiam que Sandro Queiroz não estaria em ação, de plantão, no dia dos ataques. Enquanto a oposição defendia seu depoimento para explicar o motivo de o Ministério da Justiça ter mantido quatro dos seis pelotões da Força Nacional no subsolo e no estacionamento, sem atuar contra a invasão das sedes dos Poderes da República.

“O que querem esconder do povo brasileiro que ainda acredita nesta CPMI?”, questionou o senador Eduardo Girão (Novo-CE), ao engrossar o coro do senador Esperidião Amin (PP-SC), que considerou “uma vergonha” não convocar o ex-chefe da Força Nacional.

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