Apagão e queixas

CPI para investigar descaso da Enel em São Paulo será instalada hoje

Enel mantém mais de mil usuários sem energia, neste sétimo dia desde o blecaute que afetou 2,1 milhões de paulistanos

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Temporal causou apagão que afetou 2,1 milhões de paulistanos e evidenciou problemas na Enel, em novembro de 2023 (Foto: Reprodução Enel)

Os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo instalam nesta quinta-feira (9) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da concessionária Enel no fornecimento de energia elétrica na capital paulista. A empresa segue sem conseguir contornar totalmente o apagão motivado por uma tempestade ocorrida na última sexta-feira (3). O evento climático que destruiu redes de distribuição de energia atingiu 2,1 milhões de clientes. E a Enel mantém mais de mil usuários sem energia, neste sétimo dia desde o blecaute.

A Câmara divulgou que a CPI da Enel terá sete integrantes, com prazo inicial de 120 dias para apresentar seu relatório final. E terá como presidente o vereador João Jorge (PSDB), autor do requerimento aprovado na sessão plenária de ontem (8) para criação da comissão. A sessão de instalação será às 13h, segundo o presidente da Câmara, vereador Milton Leite (UNIÃO).

Em seu requerimento para criar a CPI, o vereador tucano critica o descaso da Enel no restabelecimento da energia na cidade, após a tempestade, e destaca amplos prejuízos causados pela falta de energia em São Paulo. João Jorge evidencia o atraso no cronograma de investimentos que deveriam ser feitos pela concessionária em melhorias que poderiam evitar alguns dos problemas decorrentes do evento climático. Enquanto a Enel ressalta ter sido a ventania mais forte dos últimos anos, com ventos de mais de 100 km por hora, exigindo trabalho complexo e constante para restabelecer a distribuição de energia.

O presidente da CPI ainda reclama que paulistanos enfrentam problemas constantes de distribuição de energia, desde que a Enel assumiu o controle da Eletropaulo, em 2018. E lembra da redução de 36% no quadro de funcionários e o aumento disparado nas reclamações sobre o serviço prestado. Fato que levou a Enel ao segundo lugar do pódio de reclamações junto ao Procon de São Paulo, em 2022, com taxa irrisória de 15,36% de resolução das 6.789 queixas registradas.

Também irão compor a CPI da Enel:  Thammy Miranda (PL), Senival Moura (PT), Milton Ferreira (PODE), Ricardo Teixeira (UNIÃO) , Jorge Wilson Filho (REPUBLICANOS)  e Elaine do Quilombo Periférico (PSOL).

 

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